Samanta Heinen vai representar Santa Cruz do Sul no concurso
Para a sociedade, Samanta Heinen pode não estar dentro do padrão imposto. Mas, o que é estar dentro do padrão? Para a santa-cruzense, “cada pessoa é bonita do jeito que é”. Mesmo com os olhares de reprovação e comentários maldosos, Samanta foi em busca de um objetivo de vida. “Sempre quis ser miss e, como não vestia mais 38, achei que nunca pudesse realizar esse sonho”, conta. Mas, o que era uma vontade está se tornando realidade. Neste último final de semana, ela recebeu a faixa de finalista do Miss Rio Grande do Sul Plus Size.
Formada em Ciência Contábeis e aluna de pós-graduação em Gestão Hospitalar, a jovem de 23 anos se sente mesmo uma princesa quando está modelando. Independente dos julgamentos, Samanta se ama. E foi por esse amor próprio e pelo apoio da família e do namorado que ela persistiu em seu sonho. “Tudo começou quando eu criei um blog. Sou muito fã de moda e resolvi criar uma página no facebook e postar fotos com looks que eu montava. Encontrei páginas de meninas plus e me deparei com o concurso”, conta.
Após uma tentativa em 2015, Samanta conseguiu neste ano o que queria: ser finalista no concurso em nível estadual. Em outubro, ela concorre em Sapiranga pelo título gaúcho. Se vencer, pode participar da etapa nacional e, quem sabe, receber a coroa de mulher plus mais bonita do país. Com sua participação no concurso, ela deseja mostrar às pessoas a importância do amor próprio, além de divulgar esse tipo concurso na região. “Infelizmente muitas pessoas nos observam com olhos diferentes porque somos gordinhas. Eu vejo muitas mulheres que têm vergonha de sair, de usar certas roupas ou que até mesmo pensam que ninguém vai querer namorar elas”, relata.
Samanta não liga para críticas. Ela quer colocar um vestido, abrir um sorriso e se sentir linda do jeitinho que és. Mas, ela quer mais: Samanta deseja que, assim como ela, mais mulheres de manequim 50 se sintam bonitas e desejadas, ignorando o padrão imposto pela sociedade. Afinal, no corpo de todas corre sangue e no peito batem corações. Há duas escolhas: Se sentir fora do padrão ou criar um novo padrão para ser admirado e valorizado. Samanta fez isso e hoje sorri para a vida.
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