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Exame descarta febre amarela em óbito

Publicado em: 20 de dezembro de 2017 às 14:38 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:24
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Reprodução
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    Foi confirmado, pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, o caso como Hantavirose, uma doença aguda causada por vírus

    A Secretaria Estadual da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20), um informe em que descarta a hipótese de febre amarela no caso da morte de um candelariense. A suspeita era de que a doença tivesse sido contraída em Vera Cruz. A Secretaria Municipal de Saúde chegou a divulgar um alerta de vacinação para moradores das localidades de Andréas, Dona Josefa, Ferraz, Floresta e adjacências. O exame foi confirmado para Hantavirose.

    Conforme o coordenador da Vigilância em Saúde, veterinário André Mello Sant’Anna, o setor iniciou um trabalho de prevenção que será encerrado. Foram feitas coletas de mosquitos, que são os transmissores da febre amarela, e buscas por primatas mortos, principais sinalizadores da doença. “Caso alguém encontre macaco morto será feira coleta de amostras, como vem ocorrendo ao longo dos últimos anos”, enfatiza.

    A responsável pelo Setor de Imunizações, enfermeira Jaqueline Thier Müller, lembra que a região é área de recomendação de vacinação da população desde 2009. Portanto, a vacina continua disponível na rede pública. Aqueles que constatarem a falta da imunização nas carteiras de vacinação, podem procurar a Sala de Vacinas mais próxima, levando a caderneta e o cartão SUS. Para pessoas acima de 60 anos é necessária apresentação de receituário médico. A vacina está disponível a partir dos nove meses de vida e apenas uma dose protege por toda vida.

    O QUE DIZ O INFORME

    O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) informa que foi descartado o caso de Febre Amarela no município de Candelária. Foi confirmado, pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, o caso como Hantavirose, uma doença aguda causada por vírus. No Brasil, a Hantavirose ocorre na forma de Síndrome Cardiopulmonar. Tem como sintomas, na fase inicial, febre, dor nas articulações, dor de cabeça, dor lombar, dor abdominal e sintomas gastrointestinais. Na fase cardiopulmonar, febre, dificuldade de respirar, taquipnéia, taquicardia, tosse seca, hipotensão, edema pulmonar não cardiogênico, com o paciente evoluindo para insuficiência respiratória aguda e choque circulatório.  A infecção se dá pela inalação de aerossóis formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres infectados pelo vírus. Após o contato com o vírus pode levar em média, 1 a 5 semanas, com variação de 3 a 60 dias para que os sintomas apareçam. Existem vários tipos de hantavírus, cada um está associado a uma única espécie de roedor reservatório. Ratos urbanos (ratazana, camundongo e rato de telhado) não são reservatórios dos vírus que ocorrem no Brasil.

    De maneira geral, as atividades agrícolas (limpeza de galpões, paióis, colheita, etc.), as domésticas ou as de lazer (pescarias, trilhas, etc.), que estejam direta ou indiretamente associadas a exposição a roedores silvestres e/ou suas excretas, constituem os principais fatores de risco para as infecções por hantavírus.

    Medidas de Prevenção e Controle

    Para se prevenir é preciso garantir práticas de higiene e evitar contato com ambientes contaminados. Algumas ações de combate ao roedor, como roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, ajudam a manter a área livre da presença dos roedores e evitam sua interação com o homem.