Fiéis em operações e carinhosos nos bastidores, animais do canil setorial surpreendem a cada ação
Thor Radar, Bud, Dick e Comanche moram na Avenida Deputado Euclydes Nicolau Kliemann, 1515. O endereço é o mesmo do Centro Integrado de Segurança de Santa Cruz do Sul e não é por acaso. O quarteto faz parte da equipe da Brigada Militar e protege, com latidos e mordidas, a cidade dos bandidos. O Canil Setorial do Vale do Rio Pardo começou a ser pensado em 2014, mas está em funcionamento há 12 meses e, desde a inauguração do prédio, em dezembro de 2016, tem sede própria.
Foram R$ 50 mil reais em estrutura construída pela Prefeitura. Agora, no local, os três pastores malinois e o pastor alemão convivem com os soldados e capitães da Brigada Militar e colaboram, desde os primeiros meses de vida, com o policiamento ostensivo. Radar, por exemplo, é campeã de encontrar entorpecentes, enquanto Bud, destemido, imobiliza bandidos. Dick e Comanche ajudam no patrulhamento e até se exibem para as crianças de vez em quando.
Os soldados Ferreira, Rodrigues, Manoel e Denardi são os responsáveis pelas conduções dos animais. Todos eles possuem certificado e curso de adestramento. Sempre que possível, a BM busca introduzir outro policial na lista de pessoas licenciadas ao trabalho. De acordo com o sargento Carlos Savian, comandante do Pelotão de Operações Especiais (POE) e um dos idealizadores do canil, o objetivo é adotar mais dois cachorros para suprir a demanda e para ser reconhecido oficialmente. O sargento declara que o cão facilita as atividades, além de alegrar a vida dos policiais.
O capitão Rafael Menezes, comandante da 1ª e 2ª Cia da Brigada Militar, destaca que o trabalho com os animais é contínuo. "A arma é guardada após utilização. Os animais precisam de treinamento, atenção e carinho", diz. Segundo Menezes, os cães estão habilitados para participar de diversas operações, em diferentes locais da região, mas são poupados no mau tempo ou quando a situação possa comprometer a saúde. "Se não há necessidade, não desgastamos os animais". O treinamento é realizado pelos policiais com a ajuda do colaborador Tiago André que adestra a equipe na companhia de seu cão Zion.
Saúde em primeiro lugar
Regularmente, o quarteto canino está sob a observação do veterinário Alexandre Wazlawik. Seu trabalho é totalmente voluntário e, de acordo com ele, movido pelo amor. A alimentação dos cães é diferenciada. Sempre que possível, eles ingerem apenas ração Super Premium, rica em nutrientes. Por isso, para dar suporte, o canil precisa de doações e do carinho da população.
Quem quiser colaborar com rações Super Premium e materiais para treinamento, os policiais agradecem.
Basta ir até o Centro Integrado ou ligar para: 3711-3704.
Desde os primeiros meses, filhote soldados
A preparação dos cães, doados para a polícia, começa desde os 45 dias de vida, quando são estimulados a obedecer, enquanto recebem carinho e passam a entender o comando das ações. Meses depois eles começam a ficar aptos para agir contra a criminalidade. Thor Radar, Bud e Dick têm entre um ano e dois meses e dois anos e três meses. Comanche é o mais velho do grupo, com sete anos de idade. Eles foram criados para agir em parceria com os policiais e demonstram fidelidade. "Os soldados que os conduzem, ficam dentro de uma bolha de proteção. Ninguém ameaçam eles", conta o capitão Menezes.
O melhor amigo dos policiais
Nas operações e nas ruas, homem e animal são colegas e cúmplices. Nos bastidores, são amigos e adoram uma brincadeira. O sargento Savian, apaixonado por animais, salienta que os cães acabam conquistando a corporação. "O animal se sente extensão do policial", diz. E isso não acontece apenas durante o trabalho. O apego, assim como nas relações estabelecidas em um lar tradicional, também ocorre dentro de uma sede policial. "Tem quem venha ver os cachorros até mesmo durante os dias de folga ou finais de semana livres", diz. O capitão Rafael pontua ainda que muitos policiais buscam, de forma particular, a profissionalização, em prol da segurança do município e pela paixão pelo ofício de policial.
Quando os animais envelhecem, são colocados para adoção responsável. A prioridade é para o policial que mais conviveu com o cão e, após, para outras pessoas da área, já acostumadas com a personalidade desses seres de quatro patas que zelam pela segurança da cidade.
Confira, em vídeo, demonstrações dos trabalhos realizados:
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