Valor arrecadado é menor do que o custo do serviço
O crescimento populacional em Vera Cruz é perceptível a cada ano, mas alguns problemas ocasionados com este desenvolvimento preocupam o Departamento Municipal de Meio Ambiente (DEMA), em virtude dos transtornos e impactos financeiro e ambiental que os resíduos sólidos ocasionam. A cada ano, aumenta significativamente o recolhimento de lixo no município e, com ele, o custo que sai dos cofres públicos para destiná-lo de forma correta.
O coordenador do Departamento, Ricardo Konzen, levantou dados dos últimos 10 anos, traçando a situação da gestão de resíduos no Município. Por exemplo, enquanto que em 2006 haviam sido encaminhadas 2,2 mil toneladas de resíduos para o aterro em Minas do Leão, em 2011 foram cerca de 3 mil toneladas. Já em 2016 foram pouco mais de 3,8 mil toneladas. “Estes dados são preocupantes, pois o que está se gastando com a coleta, o transporte e a destinação correta está deixando um rombo muito grande”, avalia.
No ano passado, Vera Cruz arrecadou R$ 725 mil para o serviço, no entanto, gastou mais de R$ 1,3 milhão, ou seja, um déficit de aproximadamente R$ 645 mil. Por ano, Vera Cruz gasta, em média, R$ 53,50 por habitante na coleta, no transporte e na destinação dos resíduos sólidos.
A empresa Conesul é responsável pela coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Por dia, em média, a empresa recolhe entre 10 e 12 mil quilos de lixo no Município.
CONSCIENTIZAÇÃO
Considerando que o Município já implantou a coleta seletiva, Ricardo Konzen reforça a importância da comunidade fazer a sua parte. “Precisamos ter uma mudança de comportamento das pessoas para esta realidade”, avalia. “O que vamos fazer? Vamos continuar tirando o déficit de outras áreas ou vamos aumentar as taxas de forma gradativa para reduzir este valor? É uma preocupação muito grande, onde vamos chegar?”, reflete. O coordenador do DEMA finaliza reforçando que será um trabalho árduo, pois a comunidade é acomodada quando o assunto é separação do lixo. “O grande sonho era mandar só o rejeito para o aterro, o que reduziria muito os custos”, aponta.
Confira a matéria completa na edição impressa do Jornal Arauto desta quinta-feira (20).
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