O mundo é uma espécie de formigueiro carregado de pessoas que não fazem nada mais do que lhe mandam e de pessoas que não fazem nem o que lhe mandam.
O mundo é uma espécie de formigueiro carregado de pessoas que não fazem nada mais do que lhe mandam e de pessoas que não fazem nem o que lhe mandam. Talvez eu esteja sendo injusto com as formigas, pois no formigueiro todas trabalham igualmente para o bem da comunidade, exceto a rainha.
Todos os dias a vida nos concede inúmeras oportunidades de fazer bem mais do que aquilo para o qual estamos sendo pagos. E não existe maneira mais justa de receber o que merecemos se não for através do esforço que vai além das nossas possibilidades.
Isso é o que Napoleon Hill, autor de A Lei do Triunfo, denominava de “o hábito de caminhar um quilômetro extra”. Quem consegue ir além da recompensa tem mais chances de prosperar, em qualquer profissão, desde que haja o equilíbrio necessário para evitar o desgaste em qualquer uma das partes.
O que significa caminhar um quilômetro extra? Imagine que sua vida é dura, você levanta cedo, toma dois ônibus para trabalhar, tem um chefe que não é brincadeira, ganha pouco e atende reclamações o dia todo. Em resumo, você trabalha no call center de uma companhia telefônica. E não foi por falta de opção, afinal, você lutou para conseguir o emprego.
Dá para ser feliz ouvindo lamúrias o dia todo? Minha experiência diz que sim. Toda vez que um atendente transfere a ligação para outro é possível sentir nitidamente a mudança de postura. Já ocorreu de mudar três ou quatro vezes de atendente na mesma chamada e o atendimento ser bem diferente.
Por que isso acontece? Porque em qualquer empresa existem pessoas que não sabem o que estão fazendo e outras que, apesar de não terem sido informadas, fazem aquilo que o seu coração manda. Não importa se ninguém mandou ou se não foram treinadas. Importa é o fato de que o cliente precisa de ajuda. Se não estiver ao seu alcance, no mínimo você pode ser educado e prestativo.
“Não é o que lhe acontece na vida, mas o que você faz com o que lhe acontece na vida”. Você pode ter nascido de família rica ou de família pobre, portanto, sua origem não muda. O que muda é a forma como você encara a vida a partir do momento em que a vida encara você.
Significa dizer que, em qualquer profissão, você pode escolher entre ser um profissional animado, sorridente e criativo, independentemente do salário e das condições de trabalho, e um profissional amargo, irritado, indiferente, que não vê a hora de ir para casa e fugir das reclamações.
Caminhar um quilômetro extra é uma competência não ensinada nos lares e nas escolas.
Deixo aqui uma visão simples sobre o hábito de caminhar um quilômetro extra. Não é necessário perder o sono nem a saúde para fazer um pouco mais do que fazemos.
Caminhar um quilômetro extra significa:
– Fazer mais do que aquilo para o qual você é pago;
– Fazer as coisas com mais sutileza, amor e carinho;
– Oferecer ajuda em qualquer circunstância;
– Importar-se com as pessoas;
– Ouvir um pouco mais do que o necessário;
– Realizar mais para contribuir do que ganhar dinheiro;
– Ser único naquilo que faz;
– Sorrir, apesar de tudo.
Jerônimo Mendes