Polícia

PF vê indícios de corrupção e pede mais tempo para investigar Temer

Publicado em: 20 de junho de 2017 às 05:58 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:32
  • Por
    Guilherme Bica
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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    Presidente é investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa

    A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para concluir o inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer, a partir das delações da JBS. O prazo inicial para a PF concluir a investigação terminou nessa segunda-feira (19).

    Além do presidente Temer, investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, também é alvo no inquérito o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

    Relatório inidica corrupção passiva

    No relatório entregue nesta segunda, a Polícia Federal aponta indícios de que Temer e o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) cometeram o crime de corrupção passiva. Já para conlusão do inquérito sobre obstrução de Justiça os investigadores aguardam a conclusão da perícia técnica da gravação feita pelo empresário Joesley Batista de uma conversa com o presidente.

    A expectativa é de que a perícia no aparelho e no áudio entregue por Joesley ao Ministério Público seja concluída ainda nesta semana.

    Manifestação da defesa

    Na sexta-feira (9), o advogado Antônio Mariz de Oliveira, representante de Temer, informou ao ministro que o presidente decidiu não responder às perguntas enviadas pela Polícia Federal no inquérito. Além disso, a defesa pediu o arquivamento das investigações e fez críticas ao teor do questionário enviado pelos delegados.

    Para a defesa de Temer, o questionário é um “acinte à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa” e atenta contra os “direitos individuais inseridos no texto constitucional”. “ O presidente e cidadão Michel Temer está sendo alvo de um rol de abusos e de agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação que colocam em risco a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio Estado Democrático de Direito”, destaca o documento.