Evento ocorre no auditório do Memorial da Unisc
Santa Cruz do Sul irá sediar, pela primeira vez, a Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. O evento, que ocorre neste sábado (24), no auditório do Memorial da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), no bloco 46, a partir das 8h30min, é uma iniciativa da Coordenadoria Municipal da Diversidade, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos LGBTQIA+ (Comud).
A conferência é uma etapa preparatória para o encontro estadual e tem como objetivo discutir, propor e votar políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+. Durante o evento, serão debatidos quatro eixos temáticos definidos pelo governo estadual: enfrentamento à violência LGBTQIA+, trabalho digno e geração de renda, interseccionalidade e internacionalização, além da institucionalização das políticas públicas para o segmento.
“A gente, em definição, escolheu para o tema de Santa Cruz do Sul “Vivendo a diversidade: Avanços, obstáculos e perspectivas das pessoas LGBTQIA+”. Porque a nossa intenção é que a gente faça realmente um painel em que a gente discuta e converse sobre o que nós temos conquistado até hoje e o que nos falta alcançar“, explicou o coordenador municipal da diversidade, Failon Moraes.
Além dos debates e votações, o evento também irá eleger os delegados que representarão Santa Cruz na etapa estadual. Segundo o presidente do Comud, Maiquel Raasch, a Conferência Municipal é o ponto de partida de um processo que pode resultar em mudanças concretas nas políticas públicas, chegando até a etapa nacional e ao governo federal.
“É aqui que se inicia a discussão de política pública, é aqui que a gente coloca a nossa voz, porque nas outras etapas são discussões e votações. Não existem proposições. É muito importante que a comunidade participe, coloque a sua voz, vivência e perspectivas. A gente pode falar de diversas áreas, como saúde, educação e segurança”, disse Raasch.
Entre os painelistas confirmados estão o advogado Diego Cândido, da ONG Igualdade; Fábulo Rosa, coordenador de políticas públicas LGBT do Rio Grande do Sul; e a influenciadora digital Melzinha, mulher trans com forte presença nas redes sociais e voz ativa sobre questões de identidade e respeito.
Failon destacou ainda que o evento é essencial para garantir avanços e tem o objetivo de pedir pelo respeito. “A comunidade não tenta impor nada a ninguém. O que a comunidade luta, primordialmente, é o respeito. É uma garantia, é direito constitucional, o respeito a todos e todas. Então, eu não quero impor nada a ninguém, eu quero ser respeitado. Isso precisa ser entendido por toda a sociedade, isso precisa ser o pilar”, expressou.
Ouça a entrevista completa:
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