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Como São Sebastião Mártir se tornou padroeiro de Venâncio Aires

Publicado em: 20 de janeiro de 2023 às 08:16 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 16:46
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Arquivo/Portal Arauto
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    Professora Angelita da Rosa explica como o santo se tornou referência para os fiéis

    Em de 20 de janeiro, é comemorado o Dia de São Sebastião. Venâncio Aires para e a Igreja Matriz recebe demonstrações de fé, esperança e espiritualidade. As missas são os momentos escolhidos para agradecer pelas conquistas alcançadas e de encontrar, no padroeiro do município, uma ferramenta para garantir a força necessária para superar as adversidades e os problemas que aparecem pelo caminhado. Mas, afinal, por que um soldado romano?

    A professora Angelita da Rosa, autora do livro São Sebastião: A fé fazendo história em Venâncio Aires, foi convidada para contar a história por trás da devoção demonstrada pelos moradores município e que leva multidões a procissão pelas principais ruas. Segundo a educadora, a comunidade se organizou a partir do repasse da área, efetuado por Brígida Joaquina do Nascimento, em 1864.  “A doação é muito clara. Ela doa dez mil braças quadradas de terras para fazer uma capela em honra a São Sebastião Mártir. É dona Brígida que determina isso”, destacou.

    A explicação para os motivos que levaram a neta do capitão Francisco Machado Fagundes da Silveira, dono da primeira área de terras de Venâncio, a escolher o santo, contudo, é mais complicada. “Teve muita lenda urbana do porquê ela escolheu São Sebastião. Uns diziam que era por conta dos filhos que tinham ido para guerra e, como São Sebastião era um soldado, ela tinha prometido que, se eles voltassem vivos, ela doaria. Outros diziam que era uma questão ligada a outra promessa. Nada disso está fundamentado em documentação histórica”, falou.

    Para Angelita da Rosa, é pouco provável que a história envolvendo as guerras seja verdadeira já que a Revolução Farroupilha havia terminado em 1845 e a Guerra do Paraguai começaria somente no final de 1864. Antes do início do maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina, no dia 1º de abril do mesmo ano, na coletoria de Taquari, foi feita a escritura de doação do terreno para construção da futura capela. “Eu acho que era um santo de devoção dela mesmo”, pontuou.