Polícia

Acesso dos presos ao ensino superior será ampliado na região

Publicado em: 19 de outubro de 2022 às 14:43 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 11:01
  • Por
    Milena Luiza Hanzen Bender
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Estruturas para aulas na modalidade EAD devem ser finalizadas em dezembro em mais quatro presídios

    Mais quatro presídios da região irão contar com salas de informática para acesso dos presos ao ensino superior. As graduações na modalidade EAD já estão disponíveis nas casas prisionais de Santa Cruz do Sul, em uma parceira com a Unisc e de Arroio do Meio, através de uma parceria com a Univates. Agora, até o mês de dezembro, a ideia é ativar os laboratórios para estudo nos presídios femininos de Rio Pardo e Lajeado, bem como no Estadual de Venâncio Aires e no Regional de Cachoeira do Sul. 

    Segundo a delegada penitenciária da oitava região da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Samantha Longo, após a ativação dos espaços, começará a busca para instituições parceiras que queiram oferecer graduações nesses locais. "Já temos um projeto em andamento porque a nossa ideia é que isso se estenda para outras unidades prisionais. A primeira sala de graduação no Estado foi no presídio em Santa Cruz e, portanto, nossa delegacia é uma referência dentro da Susepe", considera. 

    A proposta de oferecer graduação aos presos começou em fevereiro deste ano. Hoje, já são sete alunos cursando o ensino superior, sendo cinco deles através de parceria com a Unisc e outros dois matriculados pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). E o desempenho dos alunos é satisfatório, como avalia Samantha. "Eles estão muito felizes. Já conseguiram aprovação no primeiro semestre em todas as disciplinas e agora para o segundo, também estão aprovando, então o trabalho está sendo muito bem sucedido. Também estamos matriculando todos os presos, com ensino médio concluído, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)", destaca.

    Ainda, de acordo com Samantha, o trabalho desempenhado para que os presos tenham acesso à educação trata-se da concessão de um direito dos mesmos. "Quem está preso está privado de liberdade, mas não dos outros direitos como saúde, educação e trabalho. E sociedade confunde muito isso, acham que a pessoa pelo fato de estar presa não pode ser nada. Então o que a gente oferece não é um benefício e sim um direito", complementa.