Polícia

Homem é condenado a 52 anos de prisão por ferir vítimas com golpes de martelo e enterrá-las vivas

Publicado em: 19 de setembro de 2024 às 08:49
  • Por
    Portal Arauto
  • Fonte
    Ministério Público do Rio Grande do Sul
  • Foto: MPRS/Divulgação
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    Crime ocorreu em Terra de Areia, no litoral norte do estado

    Um acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado na terça-feira (17) a 52 anos de prisão por um duplo homicídio qualificado ocorrido em 2021 em Terra de Areia. O cumprimento inicial da pena é em regime fechado e o réu já se encontrava no sistema prisional. As vítimas, dois homens, foram retiradas de casa, na Praia do Barco, em Capão da Canoa, atingidas por golpes de martelo no caminho entre os dois municípios do Litoral Norte e depois enterradas vivas na altura do quilômetro 55 da BR-101, já em Terra de Areia.

    O réu, de 56 anos de idade, agiu junto com outros dois criminosos não identificados. O homicídio teve como qualificadoras motivo torpe, já que o réu tem envolvimento com o tráfico de drogas e tinha interesse em ocupar os dois imóveis – duas casas, uma do lado da outra – das duas pessoas mortas, Marcelo Barbosa Jacintho e Paulo Henrique Freire de Oliveira; recurso que dificultou a defesa das duas vítimas; emprego de asfixia, já que foram enterradas vivas; além de meio cruel, atingidas por golpes de martelo.

    Atuaram pelo MPRS, na acusação, os promotores de Justiça Karine Teixeira e Francisco Saldanha Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. Para Karine Teixeira, “a comunidade de Terra de Areia, através dos jurados, deu uma resposta positiva para a sociedade ao condenar o autor de crimes bárbaros cometidos contra inocentes, sem envolvimento com crimes e que tiveram o azar de que traficantes tinham interesse nas suas residências”. Já o promotor Francisco Lauenstein, destacou que “pudemos ver em plenário, o sofrimento das famílias. Além das vítimas terem sido atingidas por golpes de martelo, elas foram enterradas de cabeça para baixo, ainda vivas. E tudo isso motivado pela expansão do tráfico no Litoral”.