Pesquisa de pós-graduação realizada no CTG Candeeiro da Amizade foi apresentada em congresso brasileiro
Que a equoterapia desenvolvida há quase 20 anos pelo CTG Candeeiro da Amizade é uma referência regional, orgulho vera-cruzense, todos sabem. Mas ganhou ainda mais respaldo neste mês de abril, com a realização do 8º Congresso Brasileiro de Equoterapia e o Simpósio sobre Transtorno do Espectro Autista, realizados em Maceió, no período de 10 a 12 deste mês. A programação desenvolvida pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE) contou com ampla programação em palestras, painéis e apresentações de trabalhos científicos para mais de mil expectadores. Dentre esses trabalhos esteve uma pesquisa realizada em Vera Cruz, no CTG Candeeiro da Amizade, da pedagoga candelariense Angelina Menezes Goecks. A pós-graduação em neuropsicopedagogia junto à Faculdade Censupeg desenvolveu, por três meses, um trabalho prático com crianças portadoras de síndrome de down, praticantes da equoterapia no CTG Candeeiro da Amizade.
Os ganhos foram muito positivos e devem ser ainda maiores a longo prazo, externou Angelina, que percebeu, em apenas três meses de pesquisa, a melhoria das habilidades motoras fundamentais, relacionadas à memória operacional, visuais, de foco e atenção. Para a pesquisadora, a equoterapia tem contribuição real para a aprendizagem. “O cavalo transmite algo bom às crianças e isso impulsiona a melhora delas, também no quadro emocional”, assegura. Ainda que as pesquisas apresentadas em congressos tenham maior participação de profissionais da área da saúde, existe o espaço para a multidisciplinaridade. Angelina é graduada em Pedagogia, e a pós-graduação em neuropsicopedagogia mostrou que tem espaço para várias áreas que agregam ao trabalho da equipe e se somam ao desenvolvimento do praticante. A participação no congresso, que contou com todo respaldo do CTG Candeeiro da Amizade, também teve o apoio da Prefeitura de Candelária, município de origem da pesquisadora.
Credibilidade
Coordenadora da equoterapia do Candeeiro, Cláudia Ferraz acompanhou Angelina no congresso e salienta que foi enriquecedor. A participação de um estudo científico envolvendo o trabalho do CTG em Vera Cruz dá ainda mais credibilidade e respaldo à atuação local, acredita ela, que junto a outros 21 voluntários, se dedica nas segundas e sextas-feiras ao atendimento a 32 praticantes de equoterapia que apresentam as mais diversas patologias,como paralisia cerebral, AVC e autismo, o que, aliás, foi um dos focos do congresso.
Com cerca de 200 estudos apresentados no evento, a ANDE buscou valorizar o conceito de qualidade de vida, bem-estar, direito à inclusão e acolhimento dos praticantes e seus familiares. E num período em que se discute a relevância de inserir a equoterapia em políticas públicas de saúde, educação e assistência social, o envolvimento da comunidade científica dá ainda mais respaldo a essa importância, complementa Cláudia, feliz pelo trabalho realizado em Vera Cruz agora também tenha visibilidade nacional.
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