A felicidade mais pura

Você já perguntou ao seu filho(a) o que o deixa feliz? Se nunca tentou, questione. Se sim, certamente a resposta foi algo muito simples, do tipo assistir ao desenho favorito com você, ou brincar com os amigos, ou ir na pracinha, ou ainda rolar no chão com o cachorrinho de estimação. Ou seria comer um delicioso chocolate? Um sorvete? Ou quem sabe ouvir uma história?

As crianças e sua felicidade genuína têm muito a nos ensinar, especialmente sobre simplicidade. Não são necessários grandes brinquedos, lindos presentes ou todas essas coisas que o dinheiro pode comprar.

Essas respostas podem nos indicar muita coisa, inclusive se nós, pais, estamos presentes de corpo e alma, ouvindo-os e dando a atenção merecida, pelo tempo necessário. Elas revelam, também, o que de fato é importante na vida dos nossos filhos.

Crianças têm uma felicidade bem prática e contagiosa. E como não ser feliz aquele que pode gritar, extravasando em seus momentos de lazer, chorar quando dói e expressar suas emoções de uma maneira libertadora? As crianças podem, sem maiores julgamentos. Aliás, são também tão felizes porque vivem se arriscando, ultrapassando limites, do tipo: “não pule no sofá!”, você diz repetidamente. E elas? Vão lá e fazem assim mesmo.

A verdade é que quando as crianças sabem que seus pais as amam e apoiam – ainda que tenham que dar algumas broncas de vez em quando, porque o nosso papel é também esse – elas se tornam mais confiantes, mais seguras e, sim, mais felizes.

O desafio é parte do crescimento, testar limites, corrigir falhas, testar de novo. Por isso, o amor, a paciência, a orientação são os melhores caminhos para que a felicidade da infância perdure por toda a vida, transformando a criança de hoje em um adulto realizado, seguro e que sabe continuar construindo e valorizando seus momentos de alegria nos pequenos detalhes.

Para fazê-las felizes precisamos de muito pouco. Basta dedicar tempo às crianças, brincar do seu esporte ou da sua brincadeira favorita, deixar que elas passem tardes com os amigos, preparar surpresas divertidas e inesperadas, dar um montão de beijos e abraços, protagonizar uma sessão de cócegas, apoiá-las quando necessário e ajudá-las a levantar quando o tombo for inevitável.

Perguntar o que sentem, falar e deixar que a criança também fale dos seus sonhos e sentimentos. Não exigir em demasia e não esperar e cobrar demais delas, considerando as nossas expectativas.

Doe a sua atenção, entregue seu tempo e esteja verdadeiramente ali, aproveitando aquele momento com sinceridade, escutando com dedicação. E isso tudo aí vai fazer muito adulto bem feliz também!