Polícia e Cobertura Especial

Jair Menezes da Rosa chega ao fórum de Santa Cruz para julgamento

Publicado em: 18 de novembro de 2022 às 09:12 Atualizado em: 04 de março de 2024 às 11:59
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Eduardo Wachholtz / Portal Arauto
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    Réu chegou no fórum por volta das 9h05min

    Nesta sexta-feira (18), um caso que chocou a região tem um novo capítulo. Jair Menezes da Rosa será levado a júri popular, acusado de ser o responsável pela morte de Francine Rocha Ribeiro. Ela foi encontrada sem vida, em 12 de agosto de 2018, em uma área de mata do Lago Dourado, em Santa Cruz, horas depois de sair para fazer uma caminhada ao ar livre.

    O homem apontado como autor do crime, que está preso há quatro anos, é réu por suspeita de homicídio quadruplamente qualificado. Ele chegou no fórum por volta das 9h05min. As qualificadoras – dispositivos que podem aumentar a pena imposta – são feminicídio, meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação da prática de outro crime, já que ele também responde pelo estupro da jovem.

    Jair Menezes Rosa está sendo representado pelo advogado Mateus Porto e, segundo o profissional, nega as acusações feitas e diz que pretende provar isso em plenário. “O que eu posso adiantar é que o já está externado – o réu, desde o início, nega a autoria. Ele alega inocência e a linha de defesa vai girar em torno disso”, falou.

    O julgamento está marcado para as 9h30 e ocorre no Tribunal do Júri de Santa Cruz do Sul. O autor da denúncia, pelo Ministério Público, é o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos. O advogado Roberto Alves de Oliveira atua como assistente de acusação. Márcia Inês Doebber Wrasse é a juíza que preside os trabalhos.

    Além do depoimento da irmã gêmea de Francine, Franciele Rocha Ribeiro, dois agentes com atuação nas investigações devem falar pela acusação – a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, que na época era titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, e o delegado regional Luciano Menezes. A defesa não indicou nenhuma testemunha para ser ouvida.

    A expectativa, de acordo com a juíza, é que o julgamento seja encerrado até 21h. “O réu pode ser interrogado, se quiser falar ou não. Na parte da manhã, pretende concluir a instrução e, na tarde, teremos o debate, quando Ministério Público e defesa podem falar. Na sequência, temos a votação e a leitura da sentença”, explicou Márcia Wrasse.