A especialista na área de uroginecologia, Ana Sudbrach, fala sobre a importância da ajuda médica aliada à fisioterapia e aos cuidados mantidos pelo paciente
Sofrer com problemas de perda involuntária da urina pode levar a situações constrangedoras e, até mesmo, ao afastamento do convívio social, já que a pessoa perde a motivação de realizar atividades cotidianas, como passear, namorar, dançar, entre outras. Por isso, no Arauto Saúde dessa semana, a fisioterapeuta e especialista na área de uroginecologia, Ana Sudbrach, fala sobre a importância da ajuda médica aliada à fisioterapia e aos cuidados mantidos pelo paciente para resolver o problema.
Segundo ela, é necessário que as pessoas percebam que é possível tratar a incontinência urinária ou fecal, bem como as dores pélvicas. “Não é normal perder xixi. Além disso, é fundamental que o assoalho pélvico mantenha-se forte a vida toda e que o indivíduo tenha condições de estar com sua família e em público sem passar por constrangimentos, por isso, os fisioterapeutas têm trabalhado cada vez mais nessa área”, salienta.
A profissional explica que as alterações de incontinências acontecem, em sua maioria, em função da idade – mas também em outras situações. Entre os homens ocorre, principalmente, após procedimentos cirúrgicos. Em relação às mulheres, normalmente acomete as gestantes. Dessa forma, Ana orienta para o tratamento preventivo, o reforço muscular e a boa elasticidade, que vão ajudar a preservar a região do assoalho pélvico e a inibir problemas de incontinência ou dor pélvica no pós-parto ou mais adiante. “Quanto antes as incontinências forem tratadas melhor serão os resultados”, alerta.
Nas crianças, frisa a fisioterapeuta, essas alterações também aparecem, sendo os bons hábitos em casa fundamentais para a melhora. “Quando é realizada a sessão específica na área de uroginecologia sempre é deixado um tema de casa ao paciente, o que representa 50% do tratamento. O sucesso depende da técnica utilizada pelo fisioterapeuta especialista na área, bem como do paciente, que vai fazer os exercícios aprendidos na clínica também em casa”, esclarece.
Como cuidados alerta para a ingestão líquida e o consumo de alimentos regrados que vão auxiliar na melhora do caso. “Essa melhora ocorre ao longo do tempo. São atividades cumulativas que vão dando resultado aos poucos, por isso, a fisioterapia exige calma e paciência. O tratamento não é feito em uma ou duas sessões. O procedimento é longo e depende da alteração específica de cada pessoa. Nenhum indivíduo vai ter as mesmas alterações e ao mesmo tempo. Pode-se ter um bom resultado em 10 sessões ou levar mais tempo. O conjunto de coisas é que vai fazer o sucesso no fim do tratamento”, avalia.
A fisioterapeuta indica, ainda, que a pessoa que passa por problemas de incontinência seja encaminhada pelo médico ou profissional da saúde ao tratamento com fisioterapeuta capacitado e que tenha especialização na área da uroginecologia.