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Moradores do Bairro Navegante cobram ações da Prefeitura de Santa Cruz após impactos da enchente

Publicado em: 18 de maio de 2024 às 09:15 Atualizado em: 18 de maio de 2024 às 09:17
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Colaboração
    Nícolas da Silva
  • Reunião teve como objetivo entender questões relacionadas a transferência de moradores e repasse de programas sociais | Foto: Nícolas da Silva/Portal Arauto
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    Cerca de 200 moradores do Bairro Navegantes, de Santa Cruz do Sul, se encontraram, na noite dessa sexta-feira (17), com secretários e representantes da Administração Municipal.

    A reunião, que ocorreu no Clube Giganthe, teve como objetivo demonstrar o descontentamento da população com algumas medidas apresentadas pelo governo, entre elas a transferência dos moradores do Bairro Navegantes para um futuro loteamento habitacional. “Ninguém aqui vai aceitar ir para lá. Vocês vão desmembrar a nossa história?”, questionou o presidente da Associação de Moradores, Anderson Raasch.

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    “Acham que remover 180 moradias de um lugar vai resolver o problema das cheias? O que a gente precisa é de soluções de engenharia. Não queremos ser lembrados somente na tragédia”, desabafou um morador que acompanha a reunião.

    Com relação a retirada de moradores, a secretária de Planejamento e Governança, Karianne Pacheco, informou que “nenhuma ação será tomada sem antes ouvir a comunidade. Estamos abertos para esse diálogo.”

    Cerca de 200 pessoas participaram da reunião realizada na noite dessa sexta-feira | Foto: Nícolas da Silva/Portal Arauto

    Já a secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Simone Schneider, explicou que a pasta com fazendo estudos para ver qual das possíveis soluções se enquadra melhor na localidade e poderá, então, ser aplicada. “Todo e qualquer estudo que for feito também vai depender da avaliação de um órgão ambiental estadual. Não vai ser para amanhã que essas medidas serão colocadas em prática”, reforçou.

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    Raasch, que liderou as falas, também pediu explicações com relação ao aluguel social e a distribuição de recursos dos programas sociais. Ainda, buscou entender como se dará as avaliações das áreas atingidas por parte da Defesa Civil de Santa Cruz.

    A respeito dos benefícios e programas de auxílio, a secretária de Desenvolvimento Social, Priscila Froemming, destacou que são cinco ativos e que é comum que haja dúvidas por parte da população. Sobre os R$ 5,1 mil, anunciados pelo Governo Federal, ela informou que que não será necessário estar no Cadastro Único (CadÚnico). No entanto, o programa estadual Volta Por Cima exige que seja para CadÚnico e moradores de baixa renda.

    O pix do Governo do Rio Grande do Sul, conforme a secretária, também pega alguns moradores que estão cadastrados no CadÚnico, mas não é voltado apenas para pessoas de extrema pobreza. E a respeito das cestas básicas ofertadas pela Prefeitura de Santa Cruz, Priscila salientou que todos os atingidos têm direito de fazer a retirada e que há um controle dos moradores que já pegaram ou que sejam de outros bairros.

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    De acordo com o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Marlon Bairros da Silva, o aluguel social, projeto implementado pela Administração Municipal, é para pessoas que perderam totalmente suas residências e necessitam de uma avaliação por parte da Defesa Civil. O pagamento vale por 12 meses, podendo ser renovado por mais 12.

    Uma sugestão apresentada pelo presidente da Associação de Moradores do Bairro Navegantes é de que a Prefeitura entre em acordo com donos de aterros, faça a remoção da terra e utilize estes materiais para reconstruir piscinões.

    Também acompanharam o encontro vereadores e representantes de parlamentares, um geólogo e o coordenador da Defesa Civil, Tenente Barbosa.