Polícia

Exames detectam arsênio no marido e no filho de mulher presa por envenenar bolo

Publicado em: 18 de janeiro de 2025 às 19:07
  • Por
    GZH
  • Perícia na urina de pai e filho foi solicitada após resultados das análises realizadas no bolo e outros alimentos | Foto: Sofia Villela/IGP
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    Substância estava presente na urina coletada para testes

    Exames detectaram resíduos de arsênio, um veneno, na urina do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, mulher que está presa pela morte de três familiares que ingeriram um bolo envenenado na antevéspera do Natal, em Torres. Outras três pessoas foram intoxicadas pelo doce, mas conseguiram sobreviver.

    A suspeita da polícia é que a tentativa de envenenar o marido e o filho teria ocorrido antes do episódio do bolo. O veneno encontrado no doce, e que motivou a prisão da mulher, é o arsênio ou sua fórmula comercial, chamada arsênico.

    Em outubro passado o marido de Deise teve intoxicação alimentar. Dois meses depois, passou mal após ingerir suco de manga, que também contaminou o filho do casal. Desconfiados de que possa ser envenenamento, policiais civis pediram exames. Mostras de urina de pai e filho foram enviadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) para um laboratório do Ministério da Agricultura, que confirmou resíduos de arsênio no material coletado nos dois.

    As suspeitas recaem sobre ela em virtude da péssima relação com alguns dos familiares envenenados, sobretudo com a sogra, Zeli Teresinha dos Anjos – confeiteira que fez o bolo e sobreviveu.

    A perícia do celular de Deise mostrou que ela realizou diversas pesquisas sobre “veneno para matar humanos” e arsênio, antes das mortes ocorrerem. Ela também encomendou pela internet e adquiriu arsênico em pó, que teria sido misturado ao bolo.

    A mulher é suspeita também de ter provocado uma quarta morte por envenenamento, a do sogro, Paulo (marido de Zeli), com o qual ela também não tinha boa relação. A exumação do corpo de Paulo mostrou que ele também foi envenenado com arsênico, após tomar café com leite em pó fornecido pela nora.

    Agora, além de quatro homicídios, Deise deve responder por outras seis tentativas de assassinato. O IGP deve ainda fazer testes em garrafas de água levadas por ela para Zeli, quando a sogra estava hospitalizada após o envenenamento. A ideia é verificar se os vasilhames também contém resíduos de arsênio.

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