Manifestação pacífica está marcada para as 18h30min desta terça-feira (17), em frente ao prédio número 1.118
Nesta terça-feira (17), a partir das 18h30min, moradores da rua Almirante Alexandrino e arredores, de Rio Pardo, farão uma manifestação pacífica reivindicando a conclusão das obras da calçada desta via. A mobilização será concentrada em frente ao prédio 1.118 e segundo a moradora Danúbia Cecília Butzke, que lidera esse ato, inclusive com a organização de um abaixo-assinado que coletou 300 assinaturas, o desejo é pela retomada e finalização da obra.
Em agosto deste ano, a Justiça suspendeu as obras na rua. A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça determinou, por unanimidade, a suspensão das obras de intervenção na Rua Almirante Alexandrino, com previsão de “rua coberta”, até o julgamento definitivo da ação civil pública ajuizada pelo MPRS.
Segundo a moradora, a quadra de baixo de onde estaria prevista a rua coberta não tem relação com essa obra embargada, ela só ia ser alargada. “Já foi feita a demarcação do alargamento das calçadas. Então a gente não tem iluminação pública e no lado da rua não pode mais estacionar porque foi remarcada a largura da nova calçada, ficaram várias pontas de ferro e estacas, a gente não tem mais calçada para caminhar e essa quadra é a principal quadra de fluxo dos moradores que vem do bairro Fortaleza para o centro, então é uma rua que tem bastante fluxo tanto de dia quanto à noite. E à noite ela é uma penumbra por causa que não tem mais poste bem na região central, não tem iluminação”, descreve.
Segundo Danúbia, por conta da decisão judicial, a prefeitura não pode intervir, apenas manter a limpeza da rua. “E o que a comunidade quer é a conclusão das calçadas da rua Almirante Alexandrino”, resumiu, pedindo pela acessibilidade das pessoas. O abaixo-assinado deverá ser anexado ao processo judicial.
Conforme a decisão judicial, os elementos apresentados na ação evidenciam a possível ocorrência de dano ao patrimônio histórico cultural, já que não se pode dizer com segurança que a imagem dos prédios próximos tombados pelo patrimônio histórico, como o Clube Literário, o prédio Raul Silveira, a Casa dos Ajulejos e a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, não será atingida de alguma forma pela estrutura da “rua coberta”.