Política

Prefeito fala sobre enchente de setembro: “era uma situação que abalava emocionalmente todos nós”

Publicado em: 17 de outubro de 2023 às 09:12 Atualizado em: 07 de março de 2024 às 13:59
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Foto: Reprodução/Câmara de Vereadores de Venâncio Aires
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    Jarbas da Rosa esteve, nessa segunda-feira, na Câmara de Vereadores para explicar trabalho realizado pela Administração Municipal

    O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, esteve, nessa segunda-feira (16), na Câmara de Vereadores para falar sobre a enchente do início de setembro e das ações realizadas pela Administração Municipal. Ele foi convidado pelo presidente do Legislativo, Gerson Ruppenthal.

    Rosa permaneceu na tribuna livre por cerca de duas horas, falando sobre as atividades da prefeitura desde o recebimento do primeiro alerta por parte da Defesa Civil Estadual, que chegou por volta das 16h do dia 4 de setembro. "Iniciamos um grande trabalho no dia 4 e que ainda não terminou, e que vai perdurar durante muito tempo ainda", afirmou logo no início de sua manifestação.

    Segundo o prefeito, o alerta da Defesa Civil, emitido para todo o Vale do Taquari, já mostrava que a enchente seria forte e que possivelmente o nível do Rio Taquari passaria dos 28 metros no Porto de Estrela – uma das referências para Venâncio Aires, tendo em vista que a água desce para o município horas depois. 

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    Após as primeiras organizações e reuniões, Administração de Venâncio Aires, segundo Rosa, começou a mobilizar as capatazias, especialmente de Vila Mariante e Estância Nova. O objetivo, conforme explicou o chefe do Executivo, era estar à disposição da comunidade. "Fomos avisando os principais pontos, fazendo ligações para as lideranças de Mariante e das outras localidades e passamos nas casas fazendo orientações para as famílias, levantando móveis e retirando os moradores que desejavam sair de suas casas."

    Durante seu período na tribuna livre, o prefeito de Venâncio Aires apresentou uma linha do tempo com as atividades realizadas desde o dia 4 de setembro até a última semana, com enfoque especial no final da primeira semana após a enchente. Para Rosa, o marco foi no dia 5, onde foi possível ter uma real dimensão do nível de água e dos estragos que seriam registrados no município. O prefeito abordou ainda questões de resgate, envolvendo barcos e helicópteros, e a organização dos espaços para acolhimento da população e das doações.

    "Foi uma noite difícil, que Deus queira que nunca mais aconteça e que passemos por isso, porque a maior sensação era a de se sentir inútil diante da força da natureza", ressaltou em relação a noite do dia 5 de setembro, quando o nível da água chegou a cota máxima em Vila Mariante, e pessoas aguardavam resgate em árvores e em cima de telhados.

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    Já no dia 7 de setembro, com o nível da água baixando, as equipes da prefeitura puderam acessar Vila Mariante e realizar as primeiras ações para identificar os estragos causados pela água. "Foi uma enchente diferente, com a velocidade da correnteza nunca vista. Quando amanheceu nossas equipes já estavam preparadas, mas era uma situação que abalava emocionalmente todos nós. Não teve um ser humano que não se abalou, que não ficou impressionado, nós já vimos muitas enchentes no Mariante, mas nessa a força e a velocidade nos impactou muito", comentou emocionado. 

    De acordo com o prefeito, os trabalhos de apoio e de reconstrução seguem ocorrendo em diferentes áreas e segmentos. O objetivo é auxiliar a população e as empresas atingidas, ofertando as medidas disponíveis nos níveis municipal, estadual e federal.