Galo quer fazer história na busca pela taça da Série A2

O  passado é o prefácio. Quando um melancólico 0 a 0 contra o Esportivo deu fim a uma campanha histórica do Santa Cruz na Divisão de Acesso de 2022, uma tristeza devastadora invadiu cada coração alvinegro que acompanhava efusivamente o Galo. Liderança no grupo B, confiança em alta e uma grande expectativa de voltar à merecida elite gaúcha após nove anos, frustrados diante da chuva que caía em Bento Gonçalves.

Contudo, algumas epopeias seguem este roteiro. Os heróis tropeçam, caem em meio ao barro, mas não se deixam afundar na lama do fracasso. Eles se erguem, limpam a sujeira e vão novamente à luta. Eles criam novas estratégias, treinam e se reinventam. O Galo superou as páginas ruins. Passou pelo prólogo. Agora, começa a escrever um dos mais lindos capítulos de toda sua história. O acesso para a Série A já veio. A busca agora é pela taça, para por um ponto final dourado a uma história escrita com suor, lágrimas e talento. Os duelos derradeiros da Divisão de Acesso ocorrem neste domingo (20), em Bagé, e no dia 27, no Estádio dos Plátanos.

Processo

Miguel Lambert Schuck cresceu dentro dos Plátanos e hoje, presidente do clube, participa da volta do clube à Série A. “É uma enorme satisfação colocar o Galo de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído”, comentou. Conforme explica o dirigente, o clube foi reestruturado com o apoio de diversos nomes, como os de Luiz Carlos Vitiello, Lairton dos Reis, Tiago Rech e Henrique Hermany, dentre outros. “Nossa meta sempre foi trabalhar com orçamento e ir atrás dos recursos para fazer times competitivos. Nosso conselho, patrocinadores e torcedores compraram nossa ideia e nos apoiaram, isso na minha opinião foi fundamental para alcançarmos o objetivo”, salienta.

Na visão de Schuck, o acesso era o principal objetivo, mas todas as taças têm grande importância. Para tal conquista, no entanto, foi preciso adotar uma estratégia tradicional mas que, no entanto, costuma dar certo. “Procuramos trazer jogadores com histórico de vencedores nessa competição com uma mescla de jovens”. A combinação de juventude e experiência deu certo.

Até aqui, o Santa Cruz já disputou 18 jogos. Foram nove vitórias, seis empates e três derrotas (duas destas nas rodadas finais da fase classificatória, com o Galo já classificado para o mata-mata). São 24 gols marcados e 11 sofridos. A liderança no grupo B da competição também foi conquistada.

O adversário Guarany, por sua vez, teve um desempenho semelhante. Ao longo de toda a campanha foram 18 jogos, oito vitórias, oito empates e apenas duas derrotas. Foram 18 gols marcados e 11 sofridos. A equipe não sofre gols desde o jogo de ida das quartas de final. “Esperamos dois jogos bem difíceis, enfrentamos eles em duas partidas na primeira fase com dois empates. Serão duas grandes partidas”, projetou o presidente.