Enquanto a imunização é baixa, crescem os índices de contaminação por Influenza e a distribuição do remédio Tamiflu, para tratar da doença
Enquanto os municípios gaúchos deram início, há poucos dias, à vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes, outra imunização acontece de forma paralela e preocupa pela baixa adesão. É a vacina contra a influenza, que desde o dia 1º de maio está disponível para toda população, mas em Vera Cruz, por exemplo, do público-alvo de 6.789 pessoas, 37,05% foram atingidos com as 2.515 doses aplicadas até o momento. São 4.000 doses no estoque, à espera da população, informa a enfermeira responsável pela imunização no município, Michele Lopes.
E na contramão, o aumento de casos de influenza é notável na rede de saúde. Só nos últimos 15 dias, mais de 500 cápsulas de Tamiflu foram distribuídos na Farmácia Municipal, para exemplificar essa demanda.
A preocupação não é apenas em Vera Cruz. Andréa Henes Wiesioek, do Setor de Imunizações da 13ª Coordenadoria Regional da Saúde explica que todos os municípios da região possuem baixa procura, por isso a vacinação contra a Influenza foi ampliada a toda população. Até o dia 13 de junho, levantamento da 13ª CRS apontou que 41,6% da cobertura vacina lfoi atingida, com 71.324 doses aplicadas. O município com menos aplicação era Sinimbu, com cobertura vacinal de 32,5%, e o maior era Mato Leitão, com 58,5%. No informe parcial do Governo do Estado do dia 14, sexta-feira, a 13ª CRS apresentava 41,94% da cobertura vacinal efetuada em relação ao público-alvo. A meta é atingir 90% do público prioritário.
A influenza e a vacina
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. Os casos podem variar de quadros leves a graves e podem levar ao óbito. É uma infecção respiratória aguda causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais em humanos. Além disso, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009 com a pandemia de influenza A (H1N1).
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As vacinas usadas na campanha nacional pelo SUS são trivalentes, contando com uma combinação de três tipos (cepas) de vírus influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. O esquema vacinal é em dose única, a não ser para as crianças menores de nove anos que nunca fizeram essa vacina, devendo receber duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.
A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, como a contra a covid-19.
Riscos da falta de imunização
A infecção respiratória por influenza se apresenta em formas leves ou agudas. O objetivo da estratégia de vacinação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade em grupos específicos da população, considerados mais frágeis ou suscetíveis ao vírus. A vacina contra a influenza promove imunidade capaz de reduzir o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos.
No ano passado, o Rio Grande do Sul ficou com coberturas abaixo da meta na campanha contra a gripe:
– Crianças: 43%
– Idosos: 62%
– Gestantes: 54%
– Puérperas: 49%
– Trabalhadores da saúde: 54%
– Povos indígenas: 58%
– Professores: 52%
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