Política

Pena de Paulinho Lersch é reduzida pelo Tribunal de Justiça

Publicado em: 17 de junho de 2021 às 13:13 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 18:48
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Arquivo/Câmara de Vereadores de Santa Cruz
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    Entretanto, recurso de anulação da sentença encaminhado pela defesa foi negado

    A pena de Paulo Henrique Lersch, ex-vereador preso em 2019 pela Operação Feudalismo do Ministério Público, foi reduzida em um ano e três meses. A diminuição foi definida pelo Tribunal de Justiça nesta quinta-feira (17) durante análise do recurso encaminhado pela defesa, solicitando a anulação da condenação de Lersch. Esse pedido, entretanto, foi negado pelo TJ.

    Primeiro alvo da Operação Feudalismo do Ministério Público, Lersch foi preso em junho de 2019 e condenado a pena de nove anos e sete meses de prisão em regime fechado pelos crimes de concussão (crime de vantagem indevida) e coação (ameaça de testemunhas) durante o processo que investigava uma série de irregularidades praticadas em seu mandato como vereador. Após mais de um ano preso, Paulinho Lersch deixou o Presídio Regional em agosto do ano passado, quando teve o pedido de progressão de regime aceito e foi para o semiaberto.

    Conforme o advogado Ezequiel Vetoretti, a defesa avaliou como positivo o resultado do julgamento desta quinta-feira, principalmente por ter sido mantida a absolvição de Nersi Ana Backes, mãe de Lersch, e ter sido reduzida consideravelmente a pena imposta ao ex-vereador. "Aguardaremos a publicação do Acordão, para juntamente com o Paulo, decidirmos se submeteremos a matéria das nulidades aos Tribunais Superiores", destacou o advogado. 

    Em contato com a reportagem do Portal Arauto, o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, avaliou como positiva a pena. "Dou ênfase que o Tribunal de Justiça confirmou que os atos cometidos configuram o crime de concussão, também as hipóteses de crime de cosão do curso do processo. Houve apenas uma redução bastante breve na pena. Não deixa de ser uma pena considerável e proporcional a gravidade dos crimes que ele cometeu. Vejo como algo extremamente positivo, exatamente para que se tenha a noção plena e não subexista qualquer tipo de dúvida que aquilo que se intitula rachadinha configura crime de concussão e não pode ser tolerado", disse.

    Ainda conforme o promotor, é esperado que a Justiça aja da mesma forma no âmbito cível. "Todo esse trabalho feito pelo Ministério Público são para que essas práticas de corrupção sejam estancadas, sejam erradicadas de todos os ambientes públicos", destacou.