Covid 19

Anvisa aprova uso emergencial das vacinas de Oxford e CoronaVac

Publicado em: 17 de janeiro de 2021 às 15:32 Atualizado em: 23 de fevereiro de 2024 às 09:15
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Divulgação/Anvisa
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    Pedidos foram feitos por Butantan e Fiocruz e são referentes a oito milhões de doses importadas

    A vacina de Oxford, desenvolvida pela empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e a Coronavac tiveram o uso emergencial aprovado pela área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão foi tomada após uma longa reunião da entidade neste domingo (17). Os pedidos foram feitos por Butantan e Fiocruz e são referentes a oito milhões de doses importadas.

    Durante o encontro, a Anvisa confirmou a eficácia global da vacina de Oxford em 70,42%, validando estudo publicado no início de dezembro pela revista científica The Lancet. A eficácia mede a taxa de sucesso na prevenção da Covid-19 comparada a quem recebeu placebo (medicamento inócuo).

    Assim como no caso da CoronaVac, os técnicos da Anvisa recomendaram o monitoramento de incertezas e a reavaliação periódica da vacina de Oxford. O gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, citou duas incertezas que precisarão de acompanhamento: baixo número de idosos testados e diferenças entre o banco de semente de vírus da AstraZeneca e do Instituto Serum, laboratório da Índia.

    A recomendação como área técnica é que, tendo em vista o cenário da pandemia, o aumento do número de casos, a ausência de alternativas terapêuticas, que é uma situação de muita tensão quanto aos insumos, a agência recomenda a aprovação do uso emergencial, condicionada ao monitoramento e acompanhamento próximo das incertezas”, disse o gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

    Na apresentação, o gerente da Anvisa também informou que a área técnica confirmou a eficácia da CoronaVac. A taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%. Na semana passada, o Butantan tinha divulgado uma eficácia de 50,38%. O índice está acima da eficácia mínima de 50% exigida pela Anvisa e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).