Interesse pelas artes marciais tem sido mais comum por parte delas
Em um mundo onde a violência tem feito tantas vítimas, a autodefesa torna-se cada vez mais necessária. Algumas pessoas, inclusive mulheres, têm buscado aulas de defesa pessoal como forma de se sentirem mais seguras e confiantes.
Em uma academia de Santa Cruz do Sul, denominada Shen Long Artes Marciais Integradas, três mulheres já fazem aulas de autodefesa. De acordo com o professor Cris Abreu Santos, existem dois principais estilos de combate que integram a defesa pessoal. Um deles é o Krav Maga Concept e o outro o Kung Fu Wing Chun. Em essência os dois estilos são semelhantes, o que muda é principalmente a praticidade da aplicação. Enquanto o Kung Fu – que se originou na China – é mais voltado à técnica, o Krav Maga – com origem em Israel, no início da 2ª Guerra Mundial – é mais prático e voltado a trabalhar os pontos fracos do corpo humano, como garganta, olhos, partes genitais, joelhos e coluna.
Professor desde 2010, Cris ressalta que na defesa pessoal a técnica é muito mais importante do que a força. Nas aulas, ele busca destacar aos alunos a história e filosofia por trás de cada estilo, de maneira que as pessoas tenham mais compreensão e deixem a brutalidade de lado. "Arte marcial não é só soco e chute. É domínio pessoal. Defesa pessoal é prevenção antes de tudo", comenta. Ainda conforme ele, tem sido mais frequente o interesse de mulheres pelos estilos de combate. O que se busca realizar é a aplicação de aulas integradas, ou seja, homens e mulheres treinam juntos. "Geralmente são mais os homens que acabam agredindo as mulheres, então por isso é mais interessante elas treinarem com homens", comenta. O professor também destaca que para fazer aulas de defesa pessoal não é preciso ter força, mas sim, técnicas de autodefesa.
SEGURANÇA DAS MULHERES
Os dois estilos de combate podem ser praticados tanto por homens quanto mulheres. Enquanto o Kung Fu permite que crianças já o pratiquem, no caso do Krav Maga é um pouco diferente. Por trabalhar a defesa necessária no dia a dia, apenas é possível praticá-lo antes dos 16 anos com autorização dos pais ou eles necessitam estar presentes nas aulas.
A empresária Hévelin Soares, de 30 anos, iniciou as aulas de defesa pessoal em julho do ano passado. A ideia de apostar nessas aulas surgiu após ela e o namorado presenciarem um assalto na rua a uma menina. "Nós vimos que o bandido era uma pessoa inexperiente e a guria ainda comentou que se ela soubesse lutar teria conseguido se defender fácil. Então vi o quanto é importante nós sabermos nos defender", destaca.
Conforme ela, mesmo há pouco tempo praticando Krav Maga, já se sente muito mais segura e empoderada. "Nós adquirimos um comportamento muito mais atento nas ruas e locais públicos, nossos reflexos aumentam, a visão periférica e o instinto fica mais apurado", conta. Ainda acrescenta: "Aprendemos técnicas que possibilitam qualquer cidadão comum se defender, independente da força física e idade".
Ariane Fernanda Koehler, esposa do professor Cris, há quatro anos é aluna de Krav Maga e desde 2005 pratica Kung Fu. Além de aluna, também é professora de Tai Chi Chuan, um outro estilo de defesa pessoal. Assim como Hévelin, Ariane acredita que a segurança e autoconfiança aumentam quando se pratica artes marciais.
A escolha pela prática foi por amor: "Eu amo artes marciais. Gosto da filosofia do Kung Fu. Isso tudo ajuda a termos uma postura perante a vida e uma índole melhor". Ariane também destaca que quando se pratica artes marciais e se trabalha a defesa pessoal, automaticamente se impõe um respeito maior o que diminui a abordagens de alguns criminosos.
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