O novo coordenador, Diogo Guedes, afirmou que a entidade quase chegou a fechar
A Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan), de Santa Cruz do Sul, enfrenta o desafio de recuperar sua credibilidade após ser alvo de investigações da Polícia Civil por desvios de recursos na antiga gestão, com prejuízo estimado em mais de R$ 1,8 milhão.
Em entrevista ao Grupo Arauto, o novo coordenador da instituição, Diogo Guedes, afirmou que a entidade, reconhecida como parte significativa da história da cidade há 76 anos, quase chegou a fechar. Porém, ele destacou que a operação policial foi um passo para iniciar um processo de recuperação. “Isso que aconteceu causou um baque muito grande. A instituição quase fechou, quase foi extinta, mas eu também vejo que houve uma intervenção divina através da investigação da Polícia”, afirmou.
Segundo Guedes, a Asan está se recuperando, investindo na contratação de profissionais qualificados para melhorar a qualidade de vida dos 73 idosos atendidos atualmente. “Esses idosos têm nós como sendo parte da família deles. Tantos anos residindo lá, contato direto com os colaboradores. Eles têm no coração deles que nós somos parte da família. É a casa deles”, expressou.
A equipe também busca manter um ambiente acolhedor, reforçando os laços entre os idosos e suas famílias. Assistente social da entidade, Claudia Costa ressaltou que a conexão com os familiares é essencial, pois evita o sentimento de abandono. “A gente sempre vai tentando manter um vínculo para que isso não se perca. As famílias deixam os idosos lá, no início vão visitar e depois vão perdendo o contato, deixando de lado. Isso é triste, porque eles sentem muita falta da família. Eles já estão em uma situação mais debilitada, onde não conseguem sair muito. A família é muito importante. Eles querem saber como estão, se estão bem, eles ficam preocupados”, contou.
Uma das preocupações atuais é a devolução de R$ 271 mil à Prefeitura, referente aos desvios cometidos na gestão anterior. Guedes enfatiza que a Asan não tem condições financeiras de arcar com o valor. “Hoje esse valor nós não teríamos, realmente comprometeria a entidade. Já foi passado em reunião de assembleia em o que foi gasto esse valor. Hoje nós sabemos no que foi gasto, o que foi pago, que foi de forma errônea, mas hoje nós não teríamos esse valor para devolver”, disse.
Recentemente, o assunto virou debate na Câmara de Vereadores quando o vereador Edson Azeredo (PL) sugeriu que a dívida seja perdoada. O vereador disse que é injusto prejudicar o trabalho da Asan por conta da conduta criminosa de pessoas que já foram afastadas das funções.
Leia mais: Vereador sugere que dívida da Asan com a Prefeitura de Santa Cruz seja perdoada
Guedes revelou ainda que quando assumiu, a nova gestão encontrou um caixa de apenas R$ 2,6 mil de recursos próprios. “Uma entidade de 76 anos de existência ter um recurso próprio de R$ 2,6 mil ninguém acredita. Então, a gente está buscando essa reorganização financeira, a saúde financeira. […] Mas a população de Santa Cruz, hoje, precisa entender que a entidade é a vítima”, concluiu.
Ouça a entrevista completa:
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