Mulheres debatem o espaço feminino no rádio regional

Nos últimos 50 anos, as mulheres têm deixado de atuar apenas dentro de casa e começaram a ingressar no mercado de trabalho. O número vem aumentando ano a ano. Em 2007, as mulheres representavam 40,8% do mercado formal de trabalho; em 2016, passaram a ocupar 44% das vagas. Essa presença feminina também tem tomado conta das rádios. E pensando nisso, a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) promoveu o debate  "As mulheres do rádio regional". 

"Como vocês escolheram o rádio?" Com esse questionamento, iniciou o debate. Organizado pelo curso de Comunicação Social da Unisc, o evento reuniu comunicadoras do Vale do Rio Pardo para discutir o espaço feminino nas emissoras. Reunidas no auditório do Memorial, no bloco 46 da instituição, Cátia Kist da Arauto FM,  Aline Silva da Gazeta AM, Lilian Roland da Gazeta FM, Veridiana Röhsler da RVA, Patrícia Staffanello da Sorriso e Aline Schultz da GVC contaram para os alunos sobre como chegaram em frente ao microfone.

Uma jornalista que se descobriu radialista, uma criança que escutou sua voz na rádio e se surpreendeu, uma produtora audiovisual estimulada por uma banda de rock, uma aluna que se viu comunicadora enquanto brincava com vídeos na escola,  uma estudante de jornalismo que se aventurou em uma oportunidade profissional e uma apaixonada pelos passos do pai. As histórias foram muitas e o aprendizado também. 

Cátia Kist, da Arauto FM, contou sobre como a fé, a inspiração e a dedicação lhe colocaram nos estúdios de rádio. Com muita fé em Deus, experiência em canto e os olhos no pai, envolvido com comunicação, ela conta que não procurou a profissão, mas as coisas foram acontecendo. Ela ainda destacou o seu caminho até chegar na apresentação de rádio FM. "A rádio AM foi a grande escola. Todo comunicador tem que aprender a falar com ouvinte, a ligar para a polícia e a orientar sobre o trânsito", diz.                        

Conduzidas pelo professor Diego Weigelt, as comunicadoras ainda falaram sobre preconceito, jornalismo e a força de encarar, muitas vezes, pautas pesadas. "Somos capazes de fazer as mesmas coisas que os homens fazem na rádio e no jornalismo", salientou Veridiana Röhsler, da RVA. Em um clima descontraído, o bate-papo seguiu de forma intercalada e descontraída. 

Confira abaixo o debate transmitido pela Rádio Unisc no Facebook: