Da emoção das primeiras palavras ao turbilhão cotidiano que só as mães entendem, um texto afetuoso e bem-humorado para você, que é mãe!
Ainda em clima do mês das mães, se você é uma de nós, vai se identificar, tenho certeza.
Quando seu amado bebê fala a palavra “mamãe” pela primeira vez é aquela emoção, você conta para toda a família, para os amigos e todos mais que estiverem por perto. Na vez seguinte você grava, assiste muitas e muitas vezes e ainda compartilha nas redes sociais. É mesmo muito lindo e emocionante, digno de plena alegria a ser dividida, a ser multiplicada.
Passam-se alguns anos, o dia nem amanheceu ainda, e você já escuta o primeiro “mamãe” do dia. Ao longo da manhã você é solicitada mais umas 37 vezes, pelo menos.
– Mãe, vem cá.
– Mãe, quero água.
– Mãe, vem ver uma coisa.
– Mamãe… tô pronta.
– Mãe, me ajuda aqui.
– Mãe, vem brincar.
– Mãe, vou fazer xixi.
– Mamãe, posso ligar a TV?
– …
E tem aquelas vezes em que você ouve “manhêêêê” e vai ligeiro ao encontro da criança. Quando chega, aflita, pergunta: o que houve? E o pequeno(a) simplesmente não lembra o que queria.
Ou, ainda, a seguinte cena: você está lavando a louça (ou fazendo qualquer outra atividade) e seu filho para do seu lado e começa a repetir em sequência “mãe, mamãe, mãããããe…”. Só responder a ele não adianta, mesmo que esteja ao seu lado; é preciso parar tudo, olhar para a criança e ouvir o mais atentamente possível (antes que ela esqueça, de novo, o que queria).
Somando o dia todo, tranquilamente dá mais de uma centena de vezes em que você, mãe, é solicitada. Aí, você lembra e repete achando graça a frase que a sua mãe sempre dizia, com toda a razão e propriedade: “se eu ganhasse um real a cada vez que meu filho(a) fala a palavra mãe, eu estaria rica”.
Mesmo que seja cansativo, eu estou ‘reclamando’ afetivamente. Mãe é uma das minhas palavras preferidas, ainda mais quando dita pela minha filha.
Pode ser que às vezes eles nos tirem do sério, chamando pelo simples prazer de chamar, mas é interessante perceber que não é um privilégio meu ouvir “mãããããããe” mais de cem vezes por dia. É de todas as mães, basta perguntar para qualquer uma.
E quando o silêncio impera por muito tempo, a gente até estranha e já vai ao encontro da criança, perguntando: filhaaaaaa, tá tudo bem?
Coisa de mãe mesmo.
Notícias relacionadas

Almoço de domingo
É Dia das Mães. Permita-me compartilhar uma saudade, uma lembrança, uma memória.

Por Daiana Theisen

Das coisas que a gente guarda
Você tem um inventário das lembranças que guarda? Uma caixa recheada de saudosismo, revisitada vez e outra? É uma prática bem comum, especialmente das mães. Objetos que despertam a memória afetiva.

Por Daiana Theisen

O Coelho ainda vem aí, sim!
Viver a tradição de Páscoa não tem idade, ela atravessa gerações. As celebrações fazem muito mais sentido quando são compartilhadas e por isso devem ser sempre ser incentivadas.

Por Daiana Theisen

E a paciência, cadê?
Diariamente somos desafiados a entregar o nosso melhor pelos nossos filhos. Cansativo? Sem dúvida, mas é a mais recompensadora das tarefas.
