Política

Reunião discute soluções para segmentos da economia afetados pelas restrições em Santa Cruz

Publicado em: 16 de março de 2021 às 16:20 Atualizado em: 01 de março de 2024 às 13:22
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Luiz Fernando Bertuol
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    Encontro virtual reuniu prefeitura, entidades e órgãos da segurança

    A prefeita Helena Hermany promoveu, na manhã desta terça-feira (16), uma reunião virtual ampliada do Comitê de Enfrentamento à Pandemia. Além da própria prefeitura, foram convidados a participar e atenderam ao chamado, representantes do Sindilojas, ACI, CDL, Brigada Militar, Polícia Civil e Ministério Público. O objetivo foi encontrar soluções que contemplem os diferentes segmentos da economia duramente afetados pelas restrições impostas pela bandeira preta e que, ao mesmo tempo, ajudem a frear o contágio do coronavírus, no momento em que os casos aumentam e as UTIs estão lotadas.

    Apesar das duras restrições que estão em vigor nas últimas três semanas, a proximidade do feriado religioso de Páscoa já preocupa autoridades e profissionais da saúde. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) informou que como decorrência da bandeira preta, que vigora desde 27 de fevereiro, e de outras medidas adotadas pelo Município, já se percebe uma pequena redução nas consultas por sintomas respiratórios, o que em breve terá reflexos na diminuição de internações clínicas e na demanda por vagas de UTI. “Não podemos colocar a perder todo o trabalho que foi feito até agora por causa de três dias de feriado. A colaboração de todos neste momento é fundamental”, alertou a secretária da pasta, Daniela Dumke. 

    Por outro lado, representantes dos setores do comércio e serviços aguardam pelo feriado para ter algum fôlego no caixa e assim poder saldar os compromissos assumidos. Eles defendem que a atividade comercial não é a responsável pela disseminação do vírus, uma vez que os estabelecimentos de modo geral cumprem os protocolos definidos, e atribuem o aumento das contaminações ao cidadão que não respeita às regras, anda na rua sem máscara, promove aglomerações e insiste em sair de casa sem que haja real necessidade. 

    Para o presidente da CDL, Ricardo Bartz, o poder público municipal tem se mostrado aberto ao diálogo, postura que considera de extrema importância para o enfrentamento da atual crise. Ele, no entanto, é categórico ao afirmar que os empresários sabem da gravidade do momento, mas que alguma reabertura na economia é necessária, a fim de evitar o fechamento de estabelecimentos e o desemprego. “Que seja um mínimo de flexibilização para pagar uma conta de luz, uma pendência qualquer, para que se possa trabalhar um pouquinho mais do que se pode agora. Muitos não conseguem operar e se manter somente por tele-entrega. Mais uma semana com essas restrições e não vão aguentar, vão demitir funcionários e até fechar as portas”, lamentou. 

    Após ouvir os diferentes apelos, a prefeita disse que é preciso que os diferentes segmentos conversem entre si, para que um lado entenda a situação do outro e dessa forma se possa chegar a soluções consensuadas. “De um lado não há leitos, do outro existe a angústia de quem não consegue trabalhar. A gente tem que olhar os dois lados, eu trabalhei por anos na área social e sei o quanto é desesperador não ter como sustentar a família”, disse ela. Antes que novas definições sejam adotadas com relação ao funcionamento das atividades, especialmente no setor do comércio, a chefe do Executivo afirmou que é preciso aguardar  o decreto do governo do Estado para saber se o sistema de cogestão será retomado e se alguma flexibilização será possível a partir de então. “Hoje com a bandeira preta e sem a possibilidade da cogestão, não podemos flexibilizar, apenas ser mais restritivos que o Estado. Vamos aguardar as resoluções do Estado e avaliar o que pode ser feito para chegarmos a um ponto de equilíbrio. Com certeza não vai faltar empenho”, disse ela.