Brigada Militar foi acionada e esteve no Legislativo nessa quarta-feira
Uma discussão depois da sessão da Câmara de Vereadores de Passo do Sobrado resultou em agressões físicas e verbais. O fato foi na tarde dessa quarta-feira (15) e Gustavo Azambuja Rocha (PDT) e Marlene Kroth Haas (Progressistas) têm versões diferentes sobre o que aconteceu. A Brigada Militar foi acionada e esteve presente.
“Eles armaram isso para tentar minha cassação”
Procurado pela reportagem para falar sobre o caso, Rocha alegou que o problema começou por conta de um projeto do Executivo que foi colocado em votação e foi reprovado pela maioria dos parlamentares. “Terminada a votação, a líder do Governo [Marlene] levantou. […] ela colocou o dedo na minha cara e disse que, na segunda-feira, eu iria me arrepender de votar contra”, afirmou.
Depois do embate, Gustavo teria ido até a secretaria para denunciar a situação. “Eu só queria uma advertência porque fui coagido, para ela mudar esse comportamento que ela tem. Ela entrou gritando e me xingando, me ameaçando. A gente acabou discutindo. Tinha muita gente no meio. Ela se avançou em mim. Ela é uma pessoa idosa e jamais eu agrediria uma mulher”, falou.
A filha de Marlene estava presente e, segundo Gustavo, ela também teria se envolvido no conflito. “Eu acredito que foi armado. Era uma sessão extraordinária. Não tem motivo para a filha estar lá. Eu acredito que eles armaram isso para tentar minha cassação. É a linha que estamos trabalhando hoje e vamos provar”, expressou.
Questionado sobre as supostas agressões, o vereador disse que somente se defendeu. “Quando elas começaram a me bater, eu me escorei na parede só para me defender. Eu segurava os braços e os pulsos. […] como viu que a Brigada fez ocorrência, também fez. Eu só segurei os pulsos dela em defesa, não tem agressão nenhuma”, pontuou.
Rocha ainda falou que outras pessoas têm participação nos episódios que aconteceram nas últimas horas. “Ele [um integrante da família da vereadora] veio na frente da Câmara. Disseram que ele estava armando. Ele me perseguiu de carro. Esse rapaz não é criminoso, […] mas poderia acontecer uma tragédia. O rapaz estava fora de controle. Isso me preocupou bastante e fiz ocorrência contra ele. Não quero mal dele, espero que ele esfrie a cabeça”, finalizou.
“Não admito que ele venha batendo”
Marlene Kroth Haas também conversou com a reportagem e falou sobre o ocorrido. De acordo com ela, a discussão aconteceu depois da sessão. “Quando cheguei nele, eu nem toquei no assunto do projeto. Na fala dele, disse que o prefeito era mentiroso e várias outras coisas. Eu questionei ele sobre isso, e ele repetiu que era mentiroso e vagabundo", declarou.
Segundo Marlene, Gustavo se exaltou, saiu do recinto e foi até a secretaria. Ao ouvir gritos, teria ido até o local para entender o que estava ocorrendo. “Eu entrei perguntando o que ele estava falando de mim. Ele veio pra cima de mim, me agarrou. Eu tentei sair, ele pegou de novo. Ele conseguiu dar um soco no meu braço”, relatou.
A vereadora informou que o parlamentar a agrediu verbalmente com palavras de baixo calão e acusações. “Eu falei tudo isso no registro policial, exatamente o que ele falou. Os colegas vereadores estavam tentando tirar ele. A minha filha, que estava lá, entrou e tentou tirar ele. Foi bem desagradável e eu não admito que ele venha batendo e sendo agressivo, principalmente conosco, mulheres”, destacou.
Questionada sobre a afirmação de Gustavo, de que ela teria armado um esquema buscando a cassação dele, ela disse que filha tem estado ao lado dela em todos os trabalhos. “Ela até compra na farmácia dele. Ela só vem me acompanhando, como todo familiar gosta de ver. Ultimamente, realmente, ela vem me acompanhando. Jamais me passou algo pela cabeça disso aí”, se defendeu.
Por fim, Marlene lembrou do histórico negativo de Passo do Sobrado envolvendo conflitos políticos. “Eu acho que, futuramente, teremos que pensar que não é dessa forma que nós temos que trabalhar lá dentro. Passo do Sobrado já é conhecido como um município que há ânimos exaltados próximo de época de eleições e eu acho que a gente não precisa chegar até esse ponto”, concluiu.
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