Política

Com bolo de aniversário e nariz de palhaço, servidores relembram corte dos vales

Publicado em: 15 de julho de 2019 às 19:24 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 13:49
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Milena Bender/ Portal Arauto
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    Há um ano, vereadores aprovavam alteração na concessão dos vales-alimentação e transporte

    Se há um ano a sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul era marcada por ansiedade e expectativa, esta segunda-feira (15) relembra o sentimento de descontentamento que os servidores municipais levaram para casa naquela noite. No dia 18 de julho de 2018, era aprovado pelos vereadores o projeto do Executivo que alterou a concessão dos vales transportes e alimentação aos servidores que estiverem em férias, faltarem serviço ou nos dias que apresentarem atestados médicos. Na ocasião, a Prefeitura alegou ter recebido apontamento do Tribunal de Contas do Estado. 

    Desde aquela noite, foram vários os protestos do funcionalismo público que reivindicou seus direitos. Na sessão desta segunda, a comunidade levou cartazes, colocou narizes de palhaço e até trouxe um bolo de aniversário, em alusão aos 12 meses da aprovação do projeto.

    Em função do barulho e por não conseguir se comunicar, a presidente Bruna Molz cancelou a sessão antes da leitura da ordem do dia. "Sei que é uma manifestação legítima, mas eles não podem atrapalhar o andamento dos trabalhos da casa", destaca.

    Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santa Cruz do Sul (Sinfum), José Bonifácio Almada Martins, o protesto é uma forma de lembrar aos vereadores de que a classe não esqueceu e nem esquecerá o resultado da sessão de um 12 meses atrás. "Ano que vem (nas eleições) vamos mostrar para eles o que fizeram conosco. Eles tiraram comida da mesa do funcionalismo", salienta.

    O projeto

    De autoria do Executivo a medida cortou o pagamento de vale-alimentação (de R$ 515,00 por mês) e vale-transporte no período de férias dos servidores e também durante faltas no serviço, mesmo com atestado médico. O projeto também institui o bônus-assiduidade, um pagamento de até R$ 550,00 a partir do ano que vem para o servidor municipal que não faltar.

    Na ocasião, a Prefeitura alegou ter recebido apontamento do Tribunal de Contas do Estado.

    Vídeo: manifestantes cantam em protesto