“Tenho a obrigação de me tornar uma pessoa melhor”, diz Alberto Heck

"Trinta anos de vida pública, de exercício do magistério e de vida comunitária, não podem simplesmente ser jogados na lata o lixo por causa de uma frase infeliz e inoportuna. Tenho uma certeza: eu daqui para frente não vou ser mais a mesma pessoa. Tenho no mínino a obrigação de, a partir disso, me tornar uma pessoa melhor, ainda mais a serviço e à disposição da nossa comunidade", afirmou o vereador Alberto Heck (PT), durante pronunciamento na tribuna em sessão na noite desta segunda-feira (14).

Dentre os projetos à serem votados ontem pelo Legislativo, estava o requerimento – protocolado por três apoiadores de Jair Bolsonaro na última semana -, que pedia a cassação de mandato do petista, após dois vídeos com falas polêmicas dele sobre o episódio da facada no presidente circularem na internet. No entanto, o pedido foi negado pelos 15 vereadores, exceto Gerson Trevisan (PSDB) que votou pelo acolhimento. O presidente da Casa, Ilário Keller, não participou da votação. Com isso, a denúncia foi arquivada. 

Ao longo da fala, Heck reiteirou o pedido de desculpas pelo ocorrido, agradeceu as mensagens de solidariedade e destacou que irá continuar com um trabalho de "diálogo e respeito". Já outros vereadores que se manifestaram na tribuna, afirmaram que a decisão pela rejeição do requerimento foi fundamentada no parecer jurídico da Casa Legislativa, que apontava "vícios formais", o que poderia prejudicar o andamento do processo, caso fosse autorizada a abertura da Comissão Parlamentar Processante (CPP).