Imagens de satélite disponibilizadas indicam que o desmatamento foi causado pela força do Rio Pardinho
As enchentes que atingiram o Vale do Rio Pardo no ano passado provocaram mais do que perdas materiais e desalojamentos. Elas também deixaram marcas no meio ambiente. Um levantamento divulgado pelo MapBiomas, iniciativa que utiliza imagens de satélite para monitorar alterações no uso da terra, revela que o desmatamento em municípios da região cresceu impulsionado, principalmente, pelos eventos climáticos.
Sinimbu foi o município mais afetado na região. A área desmatada foi de 4,90 hectares em 2023 para 42,23 hectares em 2024 – aumento de mais de 760%. As imagens de satélite disponibilizadas indicam que o desmatamento foi causado pela força do Rio Pardinho, que corta o território. Com as chuvas intensas de abril e maio do ano passado, o rio transbordou, invadiu áreas habitadas e arrancou árvores inteiras das margens.
Santa Cruz também apresentou crescimento nos índices de desmatamento, de 3,10 hectares em 2023 para 6,17 hectares em 2024. O problema se concentrou nas regiões mais próximas ao Rio Pardinho, especialmente em localidades como a que leva o nome do rio, que nasce em região de divisa dos municípios de Gramado Xavier e Boqueirão do Leão, e áreas próximas. No Balneário Panke, por exemplo, a força da água chegou a destruir cerca de 20 casas
Em Venâncio Aires, a área desmatada passou de 3,67 hectares em 2023 para 14,40 hectares em 2024. No caso da Capital do Chimarrão, foram o Arroio Castelhano, que com a elevação invadiu bairros como Morsch e União, e o Rio Taquari, que passa pelo Distrito de Vila Mariante, os principais responsáveis pela elevação nos números. Para ilustrar, com a correnteza do Rio Taquari, trechos inteiros da RSC-287 foram levados.
No país
Apesar do aumento regional impulsionado pelas enchentes, as maiores da história recente, o cenário nacional aponta para uma tendência de retração. Em 2023, o MapBiomas Alerta validou e publicou 60.983 alertas e 1.242.079 hectares desmatados nos seis biomas brasileiros. A área total desmatada no país caiu 32,4% em comparação com 2023. Foi o segundo ano consecutivo de redução, após retração de 11% em 2022.
No bioma Mata Atlântica, onde está inserido o Rio Grande do Sul, a tendência era de estabilidade após queda de quase 60% em 2023, quando o desmatamento caiu de 29.721 hectares em 2022 para 13.212 hectares. Contudo, os eventos climáticos impediram nova redução. Caso as enchentes no Sul não tivessem ocorrido, a área desmatada na Mata Atlântica poderia ter registrado queda adicional de, pelo menos, 20%.
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