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De 14 para quase 70 metros: alargamento do leito pode dificultar monitoramento de novas enchentes

Publicado em: 15 de maio de 2024 às 13:00 Atualizado em: 15 de maio de 2024 às 13:01
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Colaboração
    Pedro Thessing
  • Foto: Pedro Thessing/Grupo Arauto
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    Depois da enchente que atingiu Santa Cruz do Sul, o alargamento do leito do Rio Pardinho é mais uma preocupação para as autoridades. Em entrevista ao Grupo Arauto de Comunicação, o secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana de Santa Cruz do Sul, José Joaquim Dias Barbosa, que também é responsável pela Defesa Civil, explicou que a correnteza foi responsável por mudar o desenho do curso de água em alguns pontos.

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    Antes da enchente, causada pelas fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul desde o final de abril, as autoridades locais contavam com referências confiáveis, como o nível da água dentro da caixa do Rio Pardinho, para prever e monitorar o potencial de inundação nas áreas ribeirinhas. No entanto, o alargamento do leito do rio alterou essas áreas. Para o secretário, isso pode dificultar o processo de monitoramento e prevenção de futuras enchentes.

    Em um ponto citado por Barbosa, anteriormente, o Rio Pardinho possuía uma largura de aproximadamente 14 metros. Após a enchente, aumentou para quase 70 metros. “Nós tínhamos uma referência que, por anos, conseguimos saber onde que a água ia alcançar na Praia dos Folgados, no Várze. Lá em Sinimbu, da mesma forma. Eles já ligavam e falavam em qual altura que estava. A gente já tinha uma base de como a água ia chegar aqui, se ia ser forte a enchente ou não. Hoje. esse ponto de referência não existe mais”, disse.