Polícia

Ativista de Santa Cruz acompanha prisão de acusado de torturar gatos

Publicado em: 15 de janeiro de 2024 às 10:14 Atualizado em: 06 de março de 2024 às 14:21
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
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    Bruna Molz teve atuação destacada na pressão para a prisão do homem

    Um caso de crueldade animal ganhou destaque em Caxias do Sul. Anderson Lucas Maciel de Almeida, um homem acusado de torturar gatos e ameaçar membros de uma ONG de proteção animal, foi preso preventivamente na sexta-feira (12). A vereadora e ativista Bruna Molz, conhecida por seu engajamento pela defesa dos direitos dos animais, foi fundamental na mobilização e pressão para a prisão do acusado.

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    Em entrevista, Bruna Molz relatou como a demanda chegou até ela através de ONGs do Rio Grande do Sul, que pediram sua ajuda diante da soltura de Anderson, mesmo diante, segundo ela, de evidências em vídeo que comprovavam as atrocidades cometidas. “A minha forma de ajudar foi dar visibilidade ao caso. Gravei um vídeo que ultrapassou um milhão de visualizações em todo o Brasil, pressionando as autoridades para que as evidências fossem rapidamente consideradas, resultando na expedição do mandado de prisão”, afirmou.

    A vereadora destacou ainda a complexidade do caso, com o acusado debochando das protetoras dos animais. “Ele se fazia de boa para as pessoas que queriam doar os gatos. Ele adotava para fazer as torturas, grampeava as línguas no chão. Ele mutilava e filmava. Estamos em recesso parlamentar, mas eu sou protetora de animais, ativista da causa. Quando precisarem da minha ajuda, eu nunca vou me negar”, disse Bruna Molz. Ela relatou ter entrado em contato com autoridades locais para agilizar o pedido de prisão.

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    A prisão preventiva de Anderson Lucas Maciel de Almeida ocorreu após denúncia da ONG Sem Raça Definida. Segundo Bruna Molz, casos como esse servem para conscientizar a população sobre a criminalidade dos maus-tratos aos animais. “Em 2024, as pessoas precisam entender que é crime, que maus-tratos a animais levam à prisão. Estamos falando de um indivíduo com histórico de violência, torturando gatos de maneira cruel. Isso não será tolerado mais”, afirmou a vereadora.

    Veja a nota divulgada pela defesa do acusado:

    Em primeiro lugar cumpre, destacar e ressaltar que a defesa, não compactua ou corrobora com os fatos de tamanha crueldade acontecidos, os quais foram comprovados nos autos da ação 5048818-03.2023.8.21.0010 que tramitam junto ao Douto Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Caxias do Sul/RS.

    Sendo assim, ao tomar conhecimento do ocorrido a defesa procurou dentro de uma conduta ética profissional analisar todo o histórico da vida do acusado e chegar-se à conclusão de que o mesmo possui um grave transtorno psicótico, vez que pode ser comparado a casos acontecidos no mundo semelhantes, quiçá igualmente brasileiros.

    Nesse sentido, a defesa partiu do pressuposto de que o acusado nas suas argumentações esboçadas nos autos supracitados necessariamente precisa com urgência de uma perícia médica judicial, afim de comprovar a plena incapacidade mental cumulado com grave transtorno psiquiátrico.

    É de entendimento da defesa e essa requereu junto ao processo que o uma vez, comprovada a insanidade mental do acusado, esse seja remetido ao IPF ou instituição que vise tratamento psiquiátrico por não poder o acusado estar convivendo junto ao homem médio normal.

    Por outro lado, há de esclarecer que o acusado está sendo atendido dentro do devido processo legal, sendo assim tem-se deferido o INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL o qual espera-se a pauta para o devido andamento.

    Com relação a soltura do acusado, está que na sua segregação primária já se perdurava a 72 dias sendo por lei decretado o prazo máximo de 90 dias e porventura como o recesso forense se aproximava opinou-se pela liberdade do mesmo.

    Resta por fim, comentar que acusado ao ser posto em liberdade foi cientificado pela defesa quais seriam as condutas que deveria adotar sob pena que poderia voltar ao estado anterior no processo, tendo em vista o clamor social, ante a crueldade adotada e a possibilidade das retaliações que poderiam ocorrer e agora se fazem comprovadas, já que a ONG SEM RAÇA DEFINIDA sofreu ameaças recentes.

    Diante as veiculações em diversas mídias sociais e outros canais públicos e o rumo que toma o caso, a defesa espera e corrobora com o opinado pela Ilustre Representante do Ministério Público, onde se manifestou nos autos requerendo a urgência quantos aos esclarecimentos das ameaças e novas torturas afim de que o Poder Judiciário tome a medidas cabíveis pertinentes ao caso.

    Novamente, a defesa não COMPACTUA OU CORROBORA com qualquer tipo de violência aos animais e aguarda a perícia medica psiquiátrica para que o andamento processual siga dentro dos ditames da lei.