Dados foram apresentados nesta segunda pela Secretaria da Segurança Pública
Os crimes contra a vida mantiveram a tendência de queda registrada ao longo de 2017 no Rio Grande do Sul. O balanço anual dos dados estatísticos da criminalidade, apresentado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira (15), aponta redução de 26,2% nos índices de latrocínio e 1,5% em homicídios. Em Porto Alegre, a queda foi ainda mais expressiva: as ocorrências de homicídio doloso diminuíram 20,1% e as de latrocínio, 69,2%.
Entre os meses de outubro e dezembro de 2017, nenhuma ocorrência de latrocínio foi registrada na capital. No estado, a queda nesse indicador é de 20%. Durante a apresentação do balanço, o secretário da Segurança Pública, Cezar Schimer, observou que a diminuição dos latrocínios tem um caráter simbólico, pela gravidade do delito. “É um dado a ser comemorado, mas, que exige, por parte do poder público, esforços redobrados. Temos que solidificar de uma vez por todas essa nova realidade”, afirmou.
Mesmo com a redução nas ocorrências de homicídio doloso, o número total de vítimas ainda apresentou aumento de 0,3% em âmbito estadual. Porto Alegre, no entanto, registrou queda de 17,1% no número de vítimas, em comparação a 2016.
Schirmer salientou a importância das ações de combate ao tráfico de entorpecentes na queda do indicador. “As operações desencadeadas pelas forças policiais, em consonância com a Operação Pulso Firme, representam uma ação de longo prazo que tem grande influência nos índices de homicídio. Grande parte dessas ocorrências está diretamente relacionada ao crime organizado”, frisou.
Divulgação oficial
Ao todo, 17 indicadores compõem a divulgação oficial da SSP. Desses, 14 registraram queda no ano de 2017. Houve redução, também, nos índices de roubo a usuários de transporte coletivo (-34,6%), furto a banco (-28,4%), roubo a profissionais de transporte coletivo (-28%), abigeato (-25,5%), roubo a comércio (-19,7%), roubo a banco (-18,4%), furto de veículos (-13,6%), furtos (-10,5%), furto de comércio (-6,2%), ameaça contra mulheres (-4,2%), estelionato (-2,1%) e roubos (-1,6%). Ainda registram alta os crimes de roubo de veículos (1,4%), estupro de mulheres (5,5%) e lesão corporal contra mulheres (1,3%).
Questionado sobre as causas para a redução dos indicadores, Schirmer destacou ações como a ampliação do efetivo dos órgãos da Segurança Pública, os investimentos no reaparelhamento das instituições (aquisição de viaturas, equipamentos, armas e munições) e a parceria com os mais diversos setores da sociedade. “O Sistema de Segurança Integrada com os Municípios (SIM) é uma iniciativa que despertou o interesse das prefeituras e já conta com a adesão de 85 cidades. Nossa meta é atingir todo o estado, ampliando o alcance das forças policiais, por meio do uso da tecnologia”, ressaltou.
Quanto aos índices de lesão corporal contra mulheres e estupro de mulheres, o secretário lembrou que representam o aumento das denúncias e dos registros de ocorrências. “Temos a informação que, infelizmente, apenas cerca de 10% dos casos chegam ao nosso conhecimento. O aumento registrado é importante, uma vez que representa a movimentação por parte das vítimas, que cada vez mais buscam o auxílio das forças policiais”, explicou.
Furto e roubo a banco solidificam tendência de queda
Os índices de furto e roubo a bancos apresentaram uma significativa queda em comparação a 2016. Além da diminuição verificada no RS, é possível observar redução de 46,5% no furto e 37,5% no roubo a estabelecimentos bancários em Porto Alegre.
Abigeato amplia redução
O crime de abigeato manteve a curva descendente apresentada nos últimos trimestres. Apesar de registrar um aumento de 11% na capital (nove ocorrências), no estado, o índice obteve redução de 25,5% (um total de 124 ocorrências).
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