Na bike, o sonho de conhecer a América

Arrumar as malas e embarcar em uma aventura de 48 mil quilômetros. Parece pouco, se a viagem for pelas alturas, mas tem gaúcho que vai levar quatro anos. Isso porque irá pedalando. É, são 1.460 dias, mais de 35 mil horas sob sol, chuva, neve, vento e tudo o que o destino lhe preparar. Este audacioso não é de Vera Cruz, mas passou pela capital das gincanas em seu segundo dia de viagem e contou ao Nosso Jornal o que espera, como foi o planejamento e o que está levando nesta aventura sobre duas rodas pela América do Sul.

O nome deste sonhador é Samuel Serrano de Souza. Ele é natural de Faxinalzinho, tem 23 anos e vai morar nos próximos quatro anos pelo continente americano. O sonho de conhecer os países que rodeiam o Brasil vem da infância, mas a decisão de como iria veio há poucos meses. Para isso, o jovem levou em conta o baixo custo da viagem e a adrenalina que lhe será proporcionada.
Ele partiu de Bento Gonçalves, cidade onde mora há seis anos, na quarta-feira, dia 9. No segundo dia de pedalada, a parada foi em Vera Cruz. Por aqui, ele conhecia o casal Cristiane Bruscato e Jean Carlo Rech. Por isso, teve hospedagem garantida. Cristiane soube do desejo do ciclista em um passeio a Capital do Vinho, já que sua mãe mora na cidade e Samuel trabalhava com ela. Aí, foi só o momento de aguardar o início da viagem de Samuel e receber a visita do turista – de um dia -, que conta com a boa vontade das pessoas para passar as noites. Caso contrário, a barraca, que carrega junto na bicicleta, terá que ser usada para uma noite de sono.

Na sexta-feira, dia 11, logo após o clarear do dia, Samuel arrumou as malas e foi ao seu próximo destino, Santa Maria. Depois, outras tantas cidades serão visitadas pelo gaúcho, que leva na bike, além de seu maior sonho, algumas peças de roupa, sacos, uma barraca e um colchão. Durante o percurso, o jovem diz que terá que comprar alguns utensílios domésticos para sobreviver. “Mas conto bastante com a ajuda das pessoas. Sou simples e procuro uma família simples para me abrigar durante uma noite. Não vou pedir para dormir. Se a pessoa me convidar, eu aceito”, relata.

Confira a matéria na íntegra na edição impressa do Jornal Arauto desta terça-feira