Religioso conversou com o Grupo Arauto e falou sobre concepção do tema
“Que a família comece e termine sabendo onde vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor. E que os filhos conheçam a força que brota do amor.” Tão clássica, tão reflexiva, tão marcante neste 15 de maio – Dia Internacional da Família.
Padre Zezinho, em suas delicadas palavras, disse o que sonha ver na concepção de um lar. Em um mundo tão mutável, porém, nem sempre os desejos se tornam reais. Mas nem por isso deixa de acreditar e buscar uma vida com objetivos, com caminhos traçados – uma vida feliz. E quer felicidade maior do que poder viver em família, em harmonia? Nesta sexta-feira, eis a reflexão.
Do interior de São Paulo, onde reside em um Seminário de Taubaté e ora por todas as famílias do Brasil, José Fernandes de Oliveira, o Padre Zezinho, conversou com o Grupo Arauto. Compositor da “Oração da Família”, música clássica e entoada tantas vezes em celebrações religiosas, ele fala sobre a letra, sobre seus desejos quando a compôs, reflete sobre a atual compreensão de família e conta sua história de vida ligada à religião católica. Nascido em 8 de junho de 1941 no estado de Minas Gerais, é considerado um dos maiores nomes da música cristã e um dos pioneiros neste gênero musical. Padre reconhecido por suas canções tão marcantes – e chamado por muitos como um catequista que canta – ele faz parte da vida de uma porção de famílias.
REFLEXÃO SOBRE A FAMÍLIA
Como seria a vida se tudo o que Padre Zezinho escreveu na “Oração da Família” acontecesse? Como seria se todas as famílias não começassem em qualquer de repente? Que não terminassem por falta de amor? Que ninguém dormisse sem pedir ou dar seu perdão? A letra, escrita na década de 1990, traz esses pedidos e tantos outros. Provoca reflexão em quem ouve, ainda mais no contexto atual de família, em que em algumas vezes há brigas, desentendimentos e agressões. O mundo mudou, se transformou, mas ainda há, segundo o Padre, muitas que vivem em constante harmonia.
A família de Zezinho, conta o religioso, tem muito disso. “Minha família me agrada. Sempre achamos um jeito de proteger os pequenos e os adolescentes. Existe amor entre irmãos e primos. E quando há entreveros e conflitos, sempre há os moderadores”, detalha. “Os filhos são educados para terem opinião e respeitar os pais, mas a briga tem limite. Os mais velhos dão um jeito de contornar os conflitos”, acrescenta, ao comentar que tem sido assim desde o seu tempo de menino.
Como Padre, Zezinho diz que conhece milhares de famílias assim formadas. “Bons homens e boas mulheres, em geral, formam boas famílias. E uma boa Igreja ajuda”, frisa ele, que busca sempre tomar as atitudes daquele que morreu para salvar o mundo.
Em relação às famílias de hoje, Zezinho diz que os pais estão ouvindo mais e os jovens, na sua maioria, estão valorizando mais os seus pais. “Há diálogo”, pontua. “As exceções são assunto para psicólogos e pedagogos. E a mídia tem culpa disso. Desova qualquer tema e de qualquer maneira nos filmes e nas novelas. É veneno espalhado pelas antenas”, critica, ao mesmo tempo que observa que quando uma família se desestrutura, cabe aos adultos, que estão firmes, ajudar os filhos – “esses que muitas vezes pagam o preço de casamentos desfeitos”, diz. “A culpa pode ser apenas de um dos cônjuges, mas todos sofrem com este esteio e pilar que afundou”, arremata.
Quer saber mais sobre a história de Padre Zezinho? Leia na edição impressa do Jornal Arauto deste fim de semana.
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