Brasil é líder mundial na exportação de tabaco e esta posição não é fruto do acaso
Gilson Becker
Presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco)
O Brasil é líder mundial na exportação de tabaco e esta posição não é fruto do acaso. Ela é resultado do esforço de milhares de famílias agricultoras, da dedicação de profissionais em toda a cadeia produtiva e da organização de municípios que fazem da cultura do tabaco sua principal base econômica. Defender essa cadeia é defender empregos, dignidade e desenvolvimento para centenas de comunidades.
Neste sentido, a Amprotabaco tem atuado com firmeza nessa causa. O momento atual exige atenção redobrada; a indústria está em plena safra, e o tabaco volta a ocupar lugar de destaque e isso nos lembra da força de um setor que segue ativo, mesmo diante de desafios impostos por visões distantes da realidade do campo e da vida no meio rural.
Fortalecer a cadeia produtiva é garantir que os pequenos produtores sigam tendo renda, acesso à tecnologia e condições de permanecer no campo. Mas é preciso mais. É hora de somar vozes por meio de nossa entidade. A adesão de novos prefeitos à causa representa um passo fundamental para que a união entre os municípios se traduza em ações concretas, com peso político e institucional; propósito assumido por esta atual gestão, que irá dedicar-se incansavelmente ao cumprimento desta tarefa.
Precisamos ampliar nossa representatividade e capilaridade. Cada novo município que se une fortalece o movimento, pois a cultura do tabaco não é apenas tradição. É presente e futuro para as regiões produtoras e ignorar essa realidade é fechar os olhos para milhares de famílias que vivem com dignidade graças ao trabalho na lavoura. Assim como nas indústrias de transformação, que empregam profissionais de todos os níveis de conhecimento gerando riqueza e receitas que circulam na economia dos municípios, do estado e do País. O tabaco é o segundo produto do agro mais exportado do Rio Grande do Sul. Isso não lhe parece muito para justificar nossa união?
Outro tema que exige firmes posicionamento e postura é a necessidade que temos em avançar na discussão sobre os dispositivos eletrônicos com tabaco aquecido. Há uma distorção no debate; e nós, gestores, precisamos garantir que os produtos que contêm tabaco sigam as mesmas normas e critérios que regem o setor há décadas, com responsabilidade, rastreabilidade e compromisso com a saúde pública. A cadeia produtiva não pode ser desvalorizada por falta de critérios claros que abrem espaço para o crime organizado, por meio do contrabando e comercialização irregular em nosso país.
Fortalecer para permanecer; essa é a mensagem. A cultura do tabaco sustenta economias locais, movimenta o comércio e assegura renda e desenvolvimento para milhares de famílias. Vai além de governos ou gestões, trata-se de uma causa coletiva, que une produtores, municípios e toda uma cadeia que gera desenvolvimento, dignidade e permanência no campo. Com a união dos municípios e o engajamento de lideranças, essa força continuará viva, firme e relevante na união dos municípios produtores, na voz ativa dos prefeitos e no compromisso com quem vive da terra. O futuro da cultura do tabaco passa pela construção de uma cadeia produtiva unida e forte. Permeada pelo diálogo, respeito e firmeza em posicionamento e decisões. Este futuro próspero se construirá, também, na certeza de que juntos somos muito mais fortes.
Notícias relacionadas

Pela promoção da inclusão nas escolas
Abril é o mês dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Por Artigos de Opinião

Rumo à eficiência e à modernização
Encruzilhada do Sul vem passando por uma intensa transformação

Por Artigos de Opinião

Muito barulho, pouca carne
Comida virou artigo de luxo. O direito de escolher o que comer transformou-se no direito de não comer

Por Artigos de Opinião

A mulher na sociedade moderna
Do marco histórico até a presente data muitas foram as lutas e conquistas das mulheres
