Geral

Senado aprova PEC do Teto dos Gastos Públicos em segundo turno

Publicado em: 13 de dezembro de 2016 às 12:47 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 11:14
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Agência Brasil e G1
  • Foto: Divulgação
    compartilhe essa matéria

    A medida limita os gastos públicos por 20 anos

    Com 53 votos a favor e 16 contra, o Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da PEC do Teto de Gastos (PEC 55/2016). Não houve abstenção. Antes, por 46 votos contrários, 13 favoráveis e duas abstenções, foram rejeitados os requerimentos de cancelamento, suspensão e transferência da sessão de votação da PEC 55/2016.

    A PEC estabelece as seguintes regras:

    – As despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior;

    – A inflação para 2017, que servirá de base para os gastos, será de 7,2%;

    – Nos demais anos de vigência da medida, o teto corresponderá ao limite do ano anterior corrigido pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);

    – Se um poder desrespeitar o limite, sofrerá sanções no ano seguinte, como a proibição de realizar concursos ou conceder reajustes;

    – Se um poder extrapolar o teto, outro poder deverá compensar;

    – Os gastos com saúde e educação só serão enquadrados no teto de gastos a partir de 2018;

    – Com relação aos gastos mínimos em saúde, o texto prevê que passem em 2017 dos atuais 13,7% para 15% da receita corrente líquida (somatório dos impostos descontadas as transferências previstas na Constituição). E que, a partir de 2018, esses investimentos se enquadrem no teto de gastos, sendo corrigidos pela inflação.

    – Ficam de fora das novas regras as transferências constitucionais a estados e municípios, além do Distrito Federal, os créditos extraordinários, as complementações do Fundeb, gastos da Justiça Eleitoral com eleições, e as despesas de capitalização de estatais não dependentes;

    – A partir do décimo ano de vigência do limite de gastos, o presidente da República poderá um projeto de lei ao Congresso para mudar a base de cálculo.