Polícia Civil indicia ex-diretor de casa de passagem por 30 estupros e identifica mais três vítimas

A Polícia Civil de Encruzilhada do Sul anunciou a conclusão das investigações envolvendo um ex-diretor da casa de acolhimento da cidade, acusado de abusar sexualmente de uma vítima desde os 12 até os 13 anos de idade. O delegado Róbinson Palomínio, que coordenou a investigação e é titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) em Santa Cruz, enfatizou a importância da palavra da vítima em casos desse tipo, que frequentemente ocorrem a portas fechadas, sem testemunhas ou outras evidências claras.

O acusado negou veementemente as acusações, alegando que a vítima nunca havia entrado em sua casa, afirmando que ela permaneceu apenas dentro de um veículo na garagem. No entanto, a investigação policial revelou diversas provas que corroboram o relato da vítima.

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Entre as evidências coletadas, a primeira delas foi a descoberta de uma caixa de lenços umedecidos no lixo do banheiro da casa do suspeito. Isso confirma o relato da vítima de que o acusado havia pedido para ela se limpar após o ato sexual.

Outra prova que reforça a narrativa da vítima é a presença de várias garrafas de refrigerante Coca-Cola idênticas à que ela estava segurando quando abordada pela polícia civil. Além disso, a perícia identificou um fio de cabelo feminino no colchão da cama do acusado, bem como manchas que aparentam ser de sêmen. Essas evidências sustentam a alegação de que houve atividade sexual na cama do suspeito.

A vítima também afirmou que os abusos ocorreram na sala da casa de acolhimento, que tinha um monitor exibindo imagens das câmeras da casa. Durante a operação de busca, a polícia confirmou a existência desse monitor e das câmeras mencionadas pela vítima.

Além da vítima inicial, mais duas pessoas relataram abusos semelhantes após o retorno da vítima à casa de acolhimento. Uma delas escreveu uma carta a um familiar detalhando os abusos sofridos. Durante as investigações, uma quarta vítima, com apenas dois anos de idade, também foi identificada, e seu nome permanece em sigilo para proteger sua intimidade e preservar a eficácia das investigações.

O delegado Róbinson Palomínio elogiou a dedicação de sua equipe na resolução deste e de outros casos de estupro de vulnerável ao longo deste ano de 2023, destacando a importância do trabalho árduo da Polícia Civil na busca por justiça.