Companheira dele na época fala sobre a dor e o anseio da família por justiça. Caso vai a júri popular nesta quarta-feira
Após três anos de um relacionamento marcado pela parceria, amor, cuidado e fidelidade, Ana Paula Borstmann foi surpreendida com uma notícia que mudou completamente a vida dela: a perda do namorado Tiago Aliandro Kohlrausch. Ele foi morto com pelo menos 13 tiros de calibre .380 na garagem da casa onde morava no dia 23 de setembro de 2019, na Rua Walder Rude Kipper, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande, em Santa Cruz do Sul.
Um desfecho sobre o crime envolvendo Tiago, na época com 30 anos, se dará nesta quarta-feira (15) em júri popular que será realizado a partir das 9h30min no Fórum de Santa Cruz. Patrícia D'Ávila da Luz, de 22 anos – mãe do filho de Tiago – será julgada pelo Tribunal de Júri de Santa Cruz do Sul por ser acusada de ter planejado a morte de Tiago. Ela foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. O fato de querer estar com filho teria motivado assassinato do homem, que também teria tido envolvimento do companheiro da ré a época, Renato Andrade Ferreira.
Embora o crime já tenha sido praticado há quase dois anos, para Ana Paula, o pai de Tiago, amigos e demais familiares parece que foi ontem e o sentimento de dor, angústia e desejo de que justiça seja feita continuam presentes intensamente. Disposto a ajudar, parceiro, brincalhão e de bem com a vida. É assim que Ana lembra com carinho de Tiago: "Ele era incrível. Sempre tentava amenizar as brigas. Quase todos os dias eu falo nele e não tem um dia em que eu acorde e não pense no Tiago".
O desejo e anseio por justiça são grandes. Ana Paula não nega que a raiva também tomou conta do coração durante muitos momentos: "Porque eu sei que o Tiago não merecia isso. Eu sempre via nele o cara certo para ser pai do meu filho. Não consigo entender. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Só quero que a pessoa seja julgada e pague pelo que fez". Triste com a situação e tentando diariamente lidar com a dor e a falta de Tiago, Ana ainda destaca: "Mesmo que a pessoa já esteja presa. Parece que isso ainda não é suficiente. Então o julgamento vai poder aliviar de alguma forma essa angústia que eu e a família temos".
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