Mais de 40 dias após o início da maior enchente da história da região, os moradores continuam lidando com os efeitos da catástrofe
Os moradores do Balneário Porto Ferreira, em Rio Pardo, estão exigindo maior atenção do poder público diante da situação em que a localidade se encontra após a enchente histórica e devastadora de maio. Além da Cidade Histórica, as inundações afetaram mais de 470 municípios em todo o Rio Grande do Sul.
Mais de 40 dias após o início da maior enchente da história da região, os moradores continuam lidando com os efeitos da catástrofe. Embora as águas tenham baixado, há reclamação quanto a demora da Administração Municipal em realizar a coleta de lixo e entulhos acumulados nas ruas. De acordo com os relatos e registros feitos, a comunidade enfrenta um cenário de destruição, com muita sujeira, barro e objetos espalhados por cima das casas e nas vias públicas. Além da dificuldade de circulação no balneário, os moradores reclamam do forte odor que tem no local.
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O presidente da Associação dos Moradores do Balneário Porto Ferreira, João Frantz, expressou a frustração dos residentes e pediu ações mais concretas da prefeitura. “O local aqui está esquecido. A gente entende que muitas pessoas foram afetadas no município e que também precisam da atenção do poder público, mas aqui no Porto Ferreira a situação não é diferente. Eu classifico como um descaso”, desabafou.
Os moradores também pedem uma flexibilização quanto ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Os moradores esperam uma compensação por parte do Legislativo, com a isenção da cobrança pelo menos para o próximo anuênio. São propriedades que foram diretamente atingidas, em muitos casos não sobrou nada“, disse o presidente.
A reportagem do Portal Arauto entrou em contato com a Prefeitura de Rio Pardo para obter uma resposta sobre a situação. Em nota, a prefeitura explicou que, no momento, os esforços estão concentrados na recuperação dos mais de dois mil quilômetros de estradas vicinais no interior do município, bem como na limpeza de bairros mais populosos que também foram afetados. “O cronograma feito prioriza os bairros mais populosos, onde há um maior número de residências afetadas e de pessoas que precisam retornar para as suas casas. Sabemos que todas as áreas são prioridades, mas o momento é atípico e exige mais força e resiliência que o normal”, cita o texto.
A prefeitura informou ainda que dez bairros foram afetados na zona urbana, além de todo o interior que sofreu graves consequências com as cheias. O número de pessoas afetadas ultrapassa 14 mil, com 3.641 residências atingidas, das quais 19 foram completamente destruídas pela força das águas. Até o momento, já foram recolhidas mais de cinco mil toneladas de entulhos.
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