Através de áudios, textos e vídeos, serão resgatadas histórias marcantes, debatidas soluções que possam amenizar os impactos em futuros eventos climáticos extremos
O Grupo Arauto de Comunicação iniciou a produção de matérias especiais sobre o primeiro ano das enchentes históricas registradas entre abril e maio de 2024. Através de podcasts, textos, vídeos e imagens, serão resgatadas histórias marcantes, debatidas soluções que possam amenizar os impactos em futuros eventos climáticos extremos e entrevistados especialistas e autoridades para avaliar no que foi possível avançar nas áreas da prevenção e assistência aos atingidos nos últimos meses.
Os materiais serão divulgados, na primeira semana de maio, em diferentes plataformas do Grupo Arauto – Portal Arauto, Arauto News 89,9 FM e redes sociais. Foram selecionados cinco municípios do Vale do Rio Pardo e as produções já começaram. As equipes estão circulando por Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Venâncio Aires, Rio Pardo e Sinimbu para realização das conversas, busca por informações e coleta de imagens. O primeiro material será disponibilizado em 1º de maio, às 9h, no programa Direto ao Ponto.
Coordenador do Núcleo de Jornalismo, Rafael Cunha explica que a iniciativa vai ao encontro do objetivo do Grupo Arauto, de realizar um jornalismo comunitário e que busca dar visibilidade aos anseios e demandas dos bairros e das localidades do interior. Responsável por liderar a produção dos materiais, Eduardo Wachholtz conta que o apoio dos colegas tem auxiliado e que a equipe é diversa, o que enriquece o conteúdo. “São profissionais com diferentes formações e vivências. Isso é muito bom. Com as conversas nas redações, vamos tendo novas ideias e aprimorando o que já foi feito”, diz.
As primeiras visitas foram em Rio Pardo, município que ficou por dias sem água e luz. Entre os destaques que serão abordados nos materiais da Cidade Histórica, a discussão com pesquisadores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) sobre a ocupação, por famílias de baixa renda, de áreas consideradas de risco. Coordenador da Defesa Civil Municipal, Dimas Gotardo também abordou os ensinamentos que a enchente deixou e recordou salvamentos que foram feitos, como, por exemplo, um paciente em estado grave que precisou ser transferido de helicóptero já que as rodovias estão bloqueadas pela água.
Impressão do repórter
“Recordar o período mais crítico das enchentes é desafiador. Em Rio Pardo, conversei com moradores que, ao lembrarem da água entrando nas casas, não conseguiram conter a emoção e caíram no choro. Logo lembrei das lágrimas de um filho, às margens da RSC-287, em Vila Mariante, em Venâncio Aires, há quase um ano, que recebia os corpos dos pais, chegando em um barco liderado por pescadores que conheciam a região e auxiliavam nas buscas. O casal, idosos com dificuldade de locomoção, não conseguiu sair a tempo e morreu na residência que antes era sinônimo de segurança e tranquilidade.
A cada matéria e entrevista realizada, avança-se no entendimento de que, sim, é doloroso tratar do tema. Com força e velocidade, a água trouxe destruição, destruiu vidas e levou sonhos. Contudo,o debate precisa acontecer. Especialistas que estudam o tema afirmam que os intervalos serão cada vez mais curtos. Se antes, de 1941 a 2024, foram 83 anos, esse período deve cair. Não é possível prever com exatidão quando será a próxima cheia dessa magnitude, mas a região precisa estar preparada para que novas vidas não sejam perdidas e que os prejuízos econômicos sejam os menores possíveis.” Eduardo Wachholtz.
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