Bispado de Santa Cruz pode ceder paróquias para criação de Diocese em Nova Prata

A discussão da criação da Diocese de Nova Prata, iniciada em 2016, teve novo passo em reunião nesta segunda-feira (12). Caso o Rio Grande do Sul passe a contar com esse novo bispado, algumas dioceses, como a de Santa Cruz do Sul, podem ser afetadas. De acordo com o padre Zeno Rech, que esteve no encontro de ontem com o Bispo Dom Aloísio Alberto Dilli, duas paróquias da Diocese de Santa Cruz podem ser repassadas.

Com uma grande Diocese em Caxias do Sul, a ideia original é de que diversas das 74 paróquias da Serra formem um novo bispado em Nova Prata. Para completar, seriam ainda incluídas comunidades de Passo Fundo, Vacaria e Santa Cruz do Sul. Segundo o padre Zeno, ainda não foram definidas quais paróquias deixariam de fazer parte da Diocese de Santa Cruz para serem incluídas em Nova Prata.

O projeto será novamente discutido em um encontro no dia 3 de setembro deste ano. Até lá, uma pesquisa será feita entre os bispos gaúchos, entre os padres e, posteriormente, entre os leigos. “Não basta um decreto. Precisamos ouvir as pessoas”, comenta. O padre salienta ainda que uma nova diocese no Rio Grande do Sul significa uma maior presença da igreja, o que é relevante no aspecto da vida pastoral.

Segundo o padre Zeno, a criação da Diocese de Nova Prata já conta com o apoio do Núncio Apostólico do Brasil, com a representação do Papa Francisco. Porém, o projeto ainda não chegou a Roma. O padre explica que a criação de uma nova diocese é um processo lento e oneroso. “Tem todo o aspecto jurídico. A criação de um novo CNPJ e ainda a aceitação das comunidades”, explica.

Atualmente, existem 18 dioceses no Rio Grande do Sul.