Operação EmendaFest

“Estamos tranquilos quanto à nossa conduta e confiamos que tudo será esclarecido”, diz diretor do Hospital Ana Nery

Publicado em: 13 de fevereiro de 2025 às 14:35 Atualizado em: 13 de fevereiro de 2025 às 14:48
  • Por
    Guilherme Bica
  • Foto: Mariana Schneider/Grupo Arauto
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    Gilberto Gobbi falou sobre a investigação da PF que apura supostos desvios de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares destinadas à casa de saúde

    O diretor do Hospital Ana Nery, Gilberto Gobbi, se manifestou pela primeira vez nesta quinta-feira (13) sobre a deflagração da Operação EmendaFest, da Polícia Federal, que investiga supostos desvios de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares destinadas à casa de saúde. Em coletiva de imprensa, Gobbi destacou a surpresa da instituição diante da operação e garantiu a transparência nos processos administrativos e financeiros da entidade.

    “Fomos surpreendidos com essa operação. A Polícia Federal esteve aqui, recolheu documentos e pendrives, mas tudo foi prontamente entregue, porque sempre trabalhamos com a maior transparência possível”, afirmou Gobbi. Segundo ele, o hospital contratou, há cerca de três anos, uma empresa especializada na captação de recursos de parlamentares, prática também adotada por outras instituições. A empresa recebia 6% sobre os valores captados, conforme um contrato firmado dentro da legalidade, com emissão de notas fiscais e pagamento com recursos próprios do hospital, sem utilização de verbas públicas.

    Gobbi esclareceu que as emendas parlamentares seguiam um trâmite rigoroso: “Recebemos um ofício informando a destinação do recurso, elaboramos um plano de aplicação, realizamos a prestação de contas, que é aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde”. Ele frisou que as três emendas investigadas, todas do deputado Afonso Motta (PDT), seguiram o mesmo procedimento das demais.

    O diretor ressaltou ainda que o hospital não compactua com irregularidades e adotará as medidas cabíveis, caso algo ilícito seja comprovado. “Quem faz, tem que pagar. Se alguém cometeu algo errado, será responsabilizado. Não aceitaremos nenhuma situação fora da normalidade”, enfatizou.

    A instituição já acionou seu departamento jurídico para obter acesso aos autos da investigação.

    Gobbi ainda lembrou que as contas da instituição são publicadas anualmente e auditadas e disse estar confiante no esclarecimento dos casos. “Estamos tranquilos quanto à nossa conduta e confiamos que tudo será esclarecido”, concluiu.

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