Colunista

Daniel Cruz

Fazer ComPaixão

Uma questão de escolhas

Publicado em: 12 de abril de 2024 às 11:29 Atualizado em: 30 de abril de 2024 às 11:30
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Que a vida é um somatório de escolhas já sabemos e não resta dúvidas que elas são o primeiro passo para atingirmos nossos sonhos. Entender que sonhar é livre mas que para realizar os sonhos teremos algumas condições a cumprir é fundamental.

A questão é simples mas complexa, talvez, e caminha na mesma linha dos “jogos da sorte” onde sempre queremos ganhar, sonhamos em ganhar mas se não houver a compra de um bilhete não existe a viabilidade do acontecer.

Ao caminhar por aí encontro muita gente e, naquela pausa para um abraço, uma escuta empática e acolhedora, muitas vezes o assunto da conversa cai no fato de que as pessoas no mundo andam reclamando muito de tudo um pouco.

Talvez a insatisfação ou a falta de esperança em atingir seus sonhos seja o grande motivo e por trás disso está escondida uma dura realidade, qual seja, estão faltando as escolhas. Escolher é algo que demanda maturidade, responsabilidade, consciência de quem somos e qual o nosso papel nesse imenso mundo.

Semana passada falava sobre a guerra entre o uso do “e” e do “ou”. Veja como o assunto é interessante que, mesmo que a escolha seja pelo uso do “e”, que nos leva ao convívio de diferentes maneiras de pensar, há necessidade de se definir algum caminho a percorrer.

Diariamente vivemos escolhas e são elas que determinam se vai ser bom ou ruim. Não escolher, é uma escolha, e tem suas consequências, seu “preço” a pagar, pois a desistência é um passo rumo ao descontentamento. Talvez por isso temos muita gente reclamando por aí e essa postura é a mais fácil de assumir mas talvez a mais dolorosa para o ser humano.

Não escolher e reclamar, somadas, são a bomba perfeita para não nos sentirmos bem e viver com aquela sensação de que falta algo, de que sei até o que é mas que lá no fundinho eu também sei que o grande responsável sou eu. Podemos conseguir enganar a todos mas quando se trata de “eu comigo mesmo” não tem chance.

Não bastasse isso existe um exército de pessoas mundo afora vendendo fórmulas milagrosas e a promessa de um mundo perfeito num passe de mágica. São a nova versão do antigo “conto do bilhete” onde o ser humano ao buscar o caminho mais “fácil” se vê numa armadilha sem volta.

Para que a gente melhore nas escolhas é preciso que elas se tornem conscientes e que a gente entenda o motivo das mesmas, ou melhor dizendo, que tenhamos clareza sobre qual propósito elas buscam contemplar. Não pense sempre grande, comece pequeno, com coisas simples e à medida que for escolhendo, aprecie e comemore.

O cérebro humano funciona sim, na base da recompensa, e se mostrarmos a ele que coisas pequenas são boas nosso dia começara a ser melhor. Abaixo deixo algumas sugestões para você nesse sentido:

Ao passar por alguém escolha sorrir e dar um “oi, tudo bem?”.

Ao pegar uma fila no mercado escolha agradecer ter condições para comprar o alimento a reclamar pela espera.

Ao trabalhar no sábado ou domingo  escolha agradecer por ter o que fazer a reclamar por precisar fazer isso num fim de semana.

Ao começar a chuva escolha agradecer a goteira pois se ela existe é porque você tem casa.

Escolha abraçar, beijar e dizer eu te amo a sua família no lugar de reclamar do acontecido na rua.

Experimente não ligar o televisor. Use esse tempo para uma conversa ao pé da mesa após uma refeição pois além da convivência existe a possibilidade de agradecer o alimento posto à mesa e por aí vai…

Feito isso, reflita como você se sentiu…lhe garanto que vale a pena…é apenas uma questão de escolhas…