Documento que conta com diagnóstico dos pontos mais críticos de alagamentos e estudo técnico de sangas e galerias pluviais foi apresentado à Caciva

Foto: Prefeitura de Venâncio Aires/Divulgação
Em reunião com a direção da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), a Administração de Venâncio Aires apresentou, nesta quarta-feira (12), o trabalho que vem sendo denominado de Plano de Macrodrenagem e Redução de Cheias da Região Baixa. Com diagnóstico dos pontos mais críticos de alagamentos, sondagem de vários locais para verificação da canalização e estudo técnico de mapas, sangas e galerias pluviais, o Executivo divulgou a proposta para obras de curto, médio e longo prazos. O objetivo é minimizar danos de enchentes e enxurradas, como a registrada em 15 de fevereiro deste ano.
Com apoio do engenheiro civil voluntário, Mateus Welter, que se uniu com a equipe técnica do município para um estudo e proposta de solução de drenagem imediata para a sanga do Arrozal, o trabalho foi debatido e apresentado como obras de curto prazo.
“A obra mais urgente e até imediata que o Município deve fazer é a construção de uma segunda saída abaixo da Rua Pedro Grunhauser, paralela com a tubulação atual de 2 metros de diâmetro que existe ali. A tubulação complementar de 1,50m de diâmetro construída no início dos anos 2000 não foi levada até a sanga aberta, ela foi interligada no tubo de 2,00m que já estava sobrecarregado. Portanto, é preciso fazer essa extensão até o trecho aberto da sanga, aumentando 56% a área da seção da tubulação de saída e minimizando os efeitos em qualquer chuva que sempre alaga a Sete de Setembro, a Visconde do Rio Branco e Reinaldo Shcmaedecke”, garantiu o engenheiro durante a apresentação. Outra obra emergencial deve acontecer na esquina da Rua Visconde do Rio Branco com a General Osório.
A presidente da Caciva, Amanda Kappel, destacou que o objetivo é integrar o órgão público com a classe empresarial em busca de soluções. “Todos nós temos perdido com as intempéries climáticas e a nossa intenção não é apenas cobrar, mas conhecer as informações e contribuir com o que for possível nesse momento”, ressaltou.
Na oportunidade, o prefeito Jarbas da Rosa também apresentou o trabalho que já vem sendo realizado pelo município visando a mitigação das cheias, como a limpeza contínua das bocas de lobo, três intervenções de desassoreamento e limpeza no Arroio Castelhano, a contratação de novo estudo hidrológico e alterações no Plano Diretor. Além disso, conforme Rosa, a Administração vem realizando o que ele chamou de “maior Plano de Desassoreamento da história do município”, que iniciou desassoreando de 17 quilômetros de sangas e arroios, em 42 pontos, através do programa Desassorear RS.
“Mas tudo isso é apenas uma prestação de contas para a nossa sociedade do que estamos fazendo. Na verdade, nunca foi feito tanto em matéria de prevenção e controle de cheias, mas o crescimento desordenado nos últimos 50 anos e os eventos climáticos cada vez mais severos exigem medidas mais drásticas e definitivas”, afirmou.
A medida a que se refere o gestor é o cadastramento de um grande projeto de macrodrenagem no PAC Seleções do Governo Federal. “Estamos finalizando os levantamentos do projeto, esse com execução de médio e longo prazo. São três pontos de substituição de canalização, macrodrenagem e repavimentação de ruas, totalizando quase 2,7 km de obras subterraneas e investimentos avaliados em R$ 50 milhões”. O projeto deve ser cadastrado até 31 de março e o Governo Federal terá seis meses para retorno de análise das propostas para financiamento.
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