Mais do que saber cozinhar, combinar os ingredientes e preparar receitas, confeiteiras distribuem amor
Na casa delas, sempre tem uma calda de chocolate sendo preparada no fogão, um cheirinho de doce ou fritura exalando pelo ar, ou potes com restinho de glacê ou merengue que sobraram de uma cobertura e se acumulam sobre a pia. Entre outras coisas, as doceiras têm uma missão importante: preparar as delícias que fazem parte de cada comemoração e ocasião especial na vida das pessoas. Seja o bolo para o aniversário, a torta com três, quatro, cinco camadas para o casamento, os salgadinhos do chá de bebê e assim por diante. Quando suas receitas estão sobre a mesa ou preenchem os pratos, elas tornam o dia dos anfitriões e dos convidados mais alegre. E elas sabem bem disso. Por isso, colocam atenção, carinho e amor em tudo o que fazem.
Amor de mãe e de avó que se traduz em receitas
Há quem diga que as avós fazem as regalias dos netinhos e são cozinheiras de mão cheia. Ir passar férias na casa delas e não voltar com uns quilinhos é até difícil. E quando a avó é confeiteira? Pois Lisônia de Oliveira, de 70 anos, é dessas que espera os netos sempre com uma surpresa ou delícia diferente. “Eles adoram as coisas que eu faço e de me ajudar na hora de confeitar. A Júlia, por exemplo, tá sempre pronta com uma colher para comer o resto do leite condensado que sobrou na lata ou na caixinha”, conta. São tortas, bolos, cucas, massas caseiras e salgadinhos, tudo feito com um ingrediente mais que especial: o amor. “Gosto de tudo feito com carinho e atenção e procuro os ingredientes fresquinhos, como os morangos que cultivo na estufa no quintal”, revela. Assim como hoje a família de Lisônia adora saborear as delícias que ela faz, a confeiteira conta que o ambiente da cozinha, de sentar em volta da mesa, sempre lhe remeteram a boas lembranças. “Minha família sempre foi grande, me lembro da mesa cheia e a mãe cozinhando”, conta. Entre as receitas que faz, uma em especial recorda a avó: a torta de amendoim. “Não me lembro de ver ela fazendo, mas sei que gostava de preparar essa receita, por isso sempre que faço penso nela”, diz.
Na hora de confeitar, toda a família põe a mão na massa
Muitos estudantes em Vera Cruz experimentaram os preparos da “Tia Olga” ainda na escola, quando ela era merendeira. Na época, Olga Teresinha Marczewski Nunes, hoje com 58 anos, fazia sonhos e o marido Paulo, hoje falecido, saía pelos locais a vendê-los. Além disso, ela gostava de preparar tortas, doces e salgadinhos para as comemorações de família. “Nunca comprei torta para os aniversários, sempre fiz. Só que com o tempo, as pessoas começaram a elogiar e a pedir encomendas e eu vi que isso podia ser meu negócio”, conta. Assim, em 2016, quando deixou o trabalho nos educandários, passou a se dedicar integralmente às encomendas. “Aí, para dar conta, procurei receitas na internet e testei o que dava ou não certo”, revela. Para Olga, o preparo de doces e salgados, desde quando cozinhava apenas para as festinhas dos conhecidos até quando passou a trabalhar com encomendas, sempre foi algo que envolveu toda a família. Aos poucos, o marido e as filhas foram atraídos para a cozinha, seja pelo cheiro das delícias preparadas pela confeiteira ou para ajudá-la enrolando os docinhos. Hoje, apesar de não ter mais Paulo por perto, ela conta com a ajuda das filhas Thainá, de 25 anos, e Thais, de 31. Quando o assunto é fazer a compra dos ingredientes e administrar os negócios, Thais faz sua parte. Já quando a mãe precisa de uma torta enfeitada ou acrescentar às encomendas doces finos, Thainá é quem ajuda.
No recheio ou acabamento, atenção a cada detalhe
Uma estrela aqui, outra pérola ali, uma concha mais no canto. Com Gizelle Christina Brandt, de 40 anos, cada preparo e acabamento de um cupcake, um doce gourmet ou um bolo é feito no detalhe. E põe detalhe nisso. Para Giza, como é conhecida a vera-cruzense, o prazer em trabalhar bem a apresentação das delícias está em ver o resultado. Se for preciso horas para moldar cada item que vai enfeitar o bolo, ela não se importa. “Não tenho pressa, porque sou perfeccionista e gosto das coisas bem feitas, que atraem pelo detalhe. Viso a qualidade não a quantidade naquilo que faço”, explica. Foi através do Facebook, quando viu postagens de receitas feitas com acabamento bem trabalhado, de acordo com a proposta de tema e caprichados, que Giza resolveu fazer um curso. “Até então, tinha feito trufas anos antes e gostava de preparar sobremesas, mas não sabia muita coisa, não fazia ideia de como mexer ou modelar com a pasta americana, nem como acertar o ponto de um ganache de chocolate”, relembra. Mesmo com a pouca experiência, ela resolveu se aperfeiçoar. Passou a buscar cursos, inicialmente presenciais e depois onlines, de brigadeiro gourmet, cupcakes, natalinos e naked cake – tipo de bolo que não possui cobertura, a massa e o recheio ficam visíveis.
Leia a reportagem completa e conheça mais sobre Lisônia, Olga e Gizelle, no Jornal Arauto desta sexta-feira e sábado.
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