Professores querem melhores condições de trabalho e melhor formação
Aprovada a reforma do ensino médio, o país deverá definir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai delimitar o conteúdo mínimo que os estudantes tem direito de aprender em todas as escolas. Estes são os primeiros passos para colocar em prática uma reformulação da etapa de ensino que concentra os piores indicadores educacionais. Como integrantes do sistema, estudantes, professores e movimentos sociais querem fazer parte das definições e demandam maior participação.
O processo de mudança é longo e a expectativa é que comece a chegar nas escolas em 2020. Atualmente, a BNCC encontra-se em discussão no Ministério da Educação (MEC). Definida, a BNCC terá que ser aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Depois, começa uma nova etapa, a definição dos currículos em âmbito estadual – a serem elaborados com base na BNCC e aprovados nos respectivos Conselhos Estaduais de Educação.
As escolas terão que se adequar ao novo modelo, definindo também novos projetos político-pedagógicos, que nortearão, entre outras questões, as ações em cada escola para colocar em prática a nova estrutura.
Escola mais próxima à realidade
Os estudantes também querem maior participação. No ano passado, tanto a reforma do ensino médio quanto a PEC do Teto – que restringe os gastos do governo pelos próximos 20 anos – levaram à várias manifestações e ocupações de mais de 1 mil escolas e universidades.
"Os estudantes estão mais politizados e têm mais consciência, compreendem o que é uma escola pública", diz a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes. Camila, que estudava até o ano passado no Colégio Estadual Costa Viana, em São José dos Pinhais (PR), participou da ocupação da escola. "Ter estudado em escola pública me fez compreender a educação como ferramenta que pode mudar o mundo. Precisamos mudar a ferramenta, não precisamos de escola que reproduz preconceitos, que passa o que estudantes precisam decorar para o Enem", diz.
Professores
Para os professores e demais trabalhadores em educação, a demanda é por melhores condições de trabalho e melhor formação. As instituições de ensino também terão que se adequar na formação de professores para o novo modelo de ensino médio. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, destaca a importância da formação e ressalta que atualmente muitos professores não são formados na área que lecionam. Segundo o MEC, quase 40% dos professores de escolas públicas não têm formação adequada.
“O curso de complementação da formação quase nunca é oferecido. A reforma traz a questão prejudicial que é o notório saber”, diz. Pelo texto da reforma do ensino médio, passa a ser permitido que professores sem diploma específico possam dar aulas no ensino técnico e profissional.
A CNTE e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgaram um manifesto contra a MP do Ensino Médio. O documento repudia a iniciativa do governo federal de promover, por meio de medida provisória, uma reforma sem debate ou consulta à sociedade.
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