Uma grandeza que diminui

O Internacional chega a 33ª rodada do Campeonato Brasileiro 2024 na terceira posição, há 14 jogos sem perder e muito próximo de alcançar seu principal objetivo neste fim de temporada: uma vaga à próxima Libertadores. Vaga que está próxima, graças a uma campanha de exceção. Ou, melhor dizendo, uma campanha de exceção que no melhor cenário, garantirá uma vaga à próxima Libertadores.

O Grêmio chega a 33ª rodada do Campeonato Brasileiro 2024 na 12ª posição, 3 pontos à frente da zona de rebaixamento, com 4 equipes entre ele, Grêmio e o primeiro time que seria rebaixado. A estimativa atual dos matemáticos aponta que é superior a 95% a chance de permanência na série A. o Grêmio está muito próximo de alcançar seu principal objetivo neste fim de temporada: se manter na primeira divisão e evitar o quarto rebaixamento da sua história.

O Botafogo é o líder do Campeonato Brasileiro 2024 e se não “botafoguear” tem boas chances de conquistar um título, o de campeão brasileiro, que não alcança desde 1995. Acontece que este possível título do Botafogo pode ser impactante para a dupla Gre-Nal: Inter e Grêmio seriam os dois clubes, entre os grandes do Brasil, há mais tempo na fila sem vencer um Campeonato Brasileiro.

O Inter não é campeão brasileiro desde 1979, há 45 anos portanto. Há uma geração inteira de colorados que não viu seu time ser campeão na principal competição brasileira. E o Grêmio não vence um Brasileiro desde 1996.

É inegável constatar que aos poucos e sem que o torcedor perceba, a Dupla Gre-Nal perde grandeza. Há razões diversas que servem de aceitável justificativa. Há uma outra que os que comandam os principais clubes do Rio Grande do Sul parecem ignorar: faltam, na condução dos dois clubes, pessoas que realmente entendam profundamente de futebol, o principal produto de ambos. Houve momentos e episódios em que, para os dois, o título bateu na trave. Mas para além de todas estas explicações, o fato é um só: há pelo menos três décadas um gaúcho não ganha um Brasileiro. Esta constatação deveria preocupar e deveria provocar providências e mudanças. A julgar pelo que se vê, não provocam mais do que resignação e conformismo.