Ela relata que os hotéis eram os lugares mais procurados por serem considerados preparados para desastres naturais
O furacão Irma, o mais poderoso da década no Atlântico, perdeu força e se transformou na manhã desta segunda-feira (11) em tempestade tropical. Após devastar ilhas do Caribe, o furacão se dirigia para a região de Tampa, na Flórida. A tormenta matou seis, até agora, nos EUA e 10 em Cuba. Mas quem viveu de perto o caos e a apreensão com o que viria, não vai esquecer estes últimos dias.
É o caso da moradora de Santa Cruz do Sul, Patricia Schmitt Lersch, que está Orlando, Condado de Orange, com os pais, o esposo e as três filhas. "Chegamos na quinta-feira e desde então estavam preparando as pessoas e os lugares para a chegada do Irma", relata. Ela afirma que todos estão bem e apesar do furacão pegar em cheio a cidade, perdeu força e os ventos e as chuvas não causaram tantos estragos. "Mais foram cercas que caíram, algumas árvores que atingiram casas, mas não temos notícias de ninguém morto ou ferido, porque eles se certificaram que todos estariam em segurança",comenta.
Ela explica que os hotéis eram os lugares mais procurados por serem considerados seguros e estarem preparados para desastres naturais como o Irma. "Muita solidariedade, apreensão pela incerteza do que viria, mas nunca pânico nem desespero, pela certeza de estarmos em lugares seguros", fala. Nesta segunda (11), ainda havia o toque de recolher e hoje os moradores começaram a voltar para as suas casas. "Com exceção daqueles que estavam sem luz, esperando ela se reestabelecer. O comércio reabre amanhã, os parques estão sendo inspecionados e os parques aquáticos ainda permanecerão fechados. Como as escolas foram usadas como abrigos, as aulas recomeçam só na quarta-feira, para dar tempo das pessoas voltarem às suas casas."
Passagem do furacão era esperada pela família
De passeio no local, Patricia relata que quando embarcaram sabiam da passagem do furacão, mas como eram várias as rotas possíveis para ele, não sabiam ao certo se passaria no caminho dela e da família. "Não sentimos medo. Desde o princípio eles fizeram questão em deixar claro que o hotel era seguro e estava preparado para a passagem do furacão na categoria que fosse. Aqui não se via pânico em ninguém, apenas uma certa ansiedade em comprar bastante água e comida para estocar, pois não se sabia se não ficaríamos sem luz e água por dias. Além de que os mercados estão fechados desde sexta, então foi uma correria para comprar o necessário antes de fechar. Alguns produtos faltaram, como pão e alguns enlatados", lembra. Os turistas ainda foram instruídos a não saírem dos quartos e, se possível, deixarem a banheira cheia d'água, para o caso de desabastecimento. "Muitos moradores e turistas de Miami enfrentaram uma viagem de 12h, que normalmente demora quatro horas, para chegarem aqui e se refugiarem, pois aqui sempre foi uma rota que, a princípio, não pegaria em cheio. "ressalta.
Irma, que chegou a ser um furacão de categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, foi reduzido no domingo (10) à categoria 3, com ventos de 195 km/h, e às 18 h (horário de Brasília) para a categoria 2. A previsão é que ele se torne uma depressão tropical (ciclone com velocidade máxima do vento de 62 km/h) na terça (12) à tarde.
Devastação
A Metsul Meteorologia publicou imagens de satélite que mostram a devastação vista do espaço. Nelas, Ilhas do Caribe que eram verdes passaram a ser marrons ao serem vistas do espaço. Segundo a NASA, há duas hipóteses. Uma, a destruição da vegetação (o que consideramos mais provável pelas fotos e vídeos das árvores sem folhas devido ao vento) ou o efeito da salinização do oceano na vegetação durante o furacão. Também há imagens do apagão histórico na Florida.
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